13 maio 2011

Moedas Romanas!


Têm sido vários os vestígios arqueológicos encontrados no Pombalinho, que testemunham a  presença romana nesta zona do Ribatejo. Os mais importantes serão porventura, como é do domínio público,  os belíssimos exemplares de jarras e fíguras míticas que se encontram devidamente preservados no   Museu Nacional de Arqueologia ! No entanto,  outros têm merecido  ao longo dos tempos, a  curiosidade  e o encanto de quem os encontra, com especial interesse para os coleccionadores! Estamos a referir-nos, particularmente, à numismática. É um hobby que permite através das moedas, uma leitura interessante, também,  da própria História! No Pombalinho algumas  têm sido encontradas, muitas delas constituíndo verdadeiros espólios familiares.  O belissimo exemplar que aqui publicamos, só possível pela acção gentil de  José Braz Barrão, é bem o sinal de que afinal a História estará  inevitávelmente sempre por contar!




Descrição da moeda:

Anverso - DN ARCADIUS  PF AVG - Cabeça à direita com diadema de pérolas.
Sendo que,  DN - Dominus Noster, (Nosso Senhor);   PF - Pius Felix (Piedoso e Feliz)  e  AVG - Augustus (Augusto).

Reverso -  GLORIA ROMANORUM

Marca de oficina: SMHH


Arcádio (Arcádius) foi Imperador Romano de 383 a 408.  Nasceu na Hispânia, foi o filho mais velho do imperador Teodósio I e Aelia Flacila, e irmão de Honório, que iria se tornar o imperador romano do Ocidente. Seu pai declarou-o um Augusto e co-regente da metade Oriental do império, em Janeiro de 383, com apenas seis anos de idade. Seu irmão mais novo também foi declarado Augusto em 393, para a metade Ocidental.  (Continuação do texto  AQUI )


Colaboração de José Braz Barrão


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07 maio 2011

Associação Trabalhadores Rurais!




Estavamos em Junho de 1915 e um grupo de trabalhadores do Pombalinho, representados por Manuel Leal, Francisco Dias e Manuel Nunes, resolveram endereçar ao  então Ministro do Fomento, um pedido de aprovação de estatutos para a criação da Associação de Classe dos Trabalhadores Rurais do Pombalinho.
Não se sabe muito mais  acerca desta estrutura organizativa  e que repercussões teve no meio  rural  do    Pombalinho ! Fica no entanto o registo documental  e o envolvimento que esta acção teve nos meios oficiais da época,  desde a  recepção  até  à sua aprovação final ! (Ver Nota). 

A fim de enquadrarmos históricamente o surgimento deste documento, convém recordar que em 1915  vivia-se a plenitude da  1ª República! Tinha sido nomeado, a 29 de Maio do mesmo ano,  o seu segundo presidente, Teófilo Braga,  devido à demissão de Manuel de Arriaga!

 Em 13 de Junho de 1915 o Partido Democrático tinha ganho as eleições legislativas, obtendo a maioria absoluta  e  a  18 de Junho foi  constituído o  11º Governo chefiado por José de Castro.

Como curiosidade, em  1 de Julho de 1915,  foi criada a  Nova Lei Eleitoral em que  os militares passaram a ser eleitores, mas os analfabetos continuaram  a  não poder votar!



NOTA - Para leitura integral do documento, clicar  AQUI 




21 abril 2011

Homenagem às Professoras!




1982 foi o ano escolhido pelos Pombalinhenses em que  homenagearam   os professores que mais gerações de alunos ensinaram, no exercício como docentes, da antiga  Instrução Primária! O evento decorreu com enorme participação de todos os que não quiseram deixar de agradecer às professoras Maria José Simões e Verónica Nunes, a enorme gratidão de terem aprendido as primeiras letras sob o seus ensinamentos.


Nesta fotografia reconhecemos uma das homenageadas, exactamente  a  professora Verónica da Silva Nunes. Está  acompanhada por um grupo de suas ex-alunas. Da esquerda para a direita, a  Graça Cachado, a Gena, a Aurora, a Milita Alcobia, a Maria Eugénia, a Milai Braga e  a Clementina Duarte.


Colaboração fotográfica - Miguel Costa

Pesquisa - Bruno Cruz




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17 abril 2011

Grupo de Récita!




Mais uma excelente fotografia desses inolvidáveis anos de dedicação ao teatro no Pombalinho! Estávamos em 1944  e este grupo de  "Pombalinhenses", composto por Ema Braga, Arnaldo Fonseca e Ana Maria, acabara de participar em mais uma representação cénica dos ínumeros programas então realizados. 
Foram na verdade tempos em que as causas eram acolhidas e postas ao serviço de um saudável  relacionamento colectivo da  população do Pombalinho! 



Colaboração fotográfica - Víctor Reis

Fotografa inserida no Blog temático  http://teatropombalinho.blogspot.com/ 




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09 abril 2011

Bateiras no ano de 1956 !




Um grupo de  "Pombalinhenses" festejando as "Bateiras"  no ano de 1956. Reconhecem-se de entre outros, o Rui Borges, o Carlos Cavaco, o Joaquim Felisberto, o Francisco Cruz, o Joaquim Duarte, Manuel Sacola e Francisco Sacola.


Colaboração fotográfica de Maria Luísa Felisberto
Pesquisa de Bruno Cruz



NOTA - Esta fotografia está cronológicamente inserida no Blog temático  Bateiras 




02 abril 2011

Classes Primárias 1961/62







A publicação de fotografias referentes a classes que frequentaram a  escola Básica, ou Primária como então se chamava noutros tempos, encaminha-nos para tempos já um pouco esquecidos mas de qualquer modo sempre apetecíveis de recordar, sobretudo quando nos propicia este salutar exercício de identificação de antigos colegas que,  por uma ou outra razão, há muito os deixamos de ver!

Neste registo,  reconhecem-se de entre outras,  as alunas, Carmina Minderico, Zita Bento, Lena Cavaco, Carolina Gandarez, Bisita, Teresa, Geninha Menezes, Graça Cachado, Dália Duarte, Maria Albertina, Beatriz Fróis, Maria Eugénia e a Professora Verónica Nunes.


Colaboração fotográfica - Miguel Costa
Pesquisa - Bruno Cruz



Nota - Obviamente esta fotografia está inserida no blog temático  http://escolapombalinho.blogspot.com/  



 

20 março 2011

Rua Carolina Infante da Câmara!




Este edificio situado na rua Carolina Infante da Câmara, onde  hoje é sede da Junta de Freguesia do Pombalinho, foi  casa de habitação de Manuel Monteiro Barbosa! Não se sabe a que ano se reporta esta fotografia! Foi amávelmente cedida por Manuel João Coimbra Monteiro Barbosa e pelo que se pode verificar, foi tirada numa ocasião especial para o Pombalinho! Colocando no campo das probalidades, as festas anuais que tradicionalmente se realizavam no  Pombalinho e a visita de  Nossa Senhora Fátima   em 1954,  e  tendo em consideração o cuidado de ornamentação aplicado em todo o edificio, com especial  particularidade nas janelas, pode-se concluir ser a segunda  hipótese a mais viável! No entanto, fica o registo para a história já longa da nossa terra!!!




Pesquisa documental - Bruno Cruz

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26 fevereiro 2011

Vera Cruz Futebol Clube!



Recordamos hoje mais uma das equipas que integraram o Vera Cruz Futebol Clube. O jogo realizou-se na Moita do Norte durante a  época desportiva do Inatel, 1981/1982. De pé, da esquerda para a direita: António Manuel (Toneu), Artur, Fernando Duarte, Miguel Costa, Diamantino, "Facunto", Diamantino Martinho, Fiscal. De joelhos, da esquerda para a direita: Júlio Légua, Manuel Pacheco, Carréis, Manuel JBarreiros, José Maria, Condeço e Jorge.


Colaboração fotográfica de Miguel Costa
Pesquisa de Bruno Cruz



Esta fotografia está inserida cronológicamente no Blog temático, Vera Cruz Futebol Clube do Pombalinho



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18 fevereiro 2011

Ponte de Fernão Leite VI



"Um povo sem património, é um povo sem referências. Um povo sem referências, é um povo sem memória.Um povo sem memória, é um povo sem futuro! "


Não creio que o abandono da conservação de uma simples ponte, como a de Fernão Leite, possa contribuir para um  estado preocupante de ausência de valores! O bem estar e o futuro colectivo do Pombalinho passam  inevitavelmente por prioridades  de outra natureza e direccionados certamente para outros horizontes! Mas não deixa de entristecer a quem por ela passa, "sentir" a   lenta degradação de abandono a que foi  "votada"  e  em consequência, ao seu mais que provável  desaparecimento se porventura uma  adequada intervenção não acontecer a curto prazo!

A existência da ponte de Fernão Leite remonta à última  década do século dezanove ! Está ligada à própria  história  do Pombalinho! Com  a sua  "morte" ,  apenas    fotografias e outros registos  poderão   testemunhar não só a   importância que teve como infraestrutura viária  mas ainda  o belíssimo      enquadramento paisagístico  que oferecia a quem pelo Sul entrasse no Pombalinho!

O actual executivo da Junta de Freguesia do Pombalinho, quando concorreu às últimas eleições autárquicas como Movimento Independente Cidadãos pelo Pombalinho, MICP,  no capítulo "Requalificar Espaços e Equipamentos" do seu Programa Político, propôs  relativamente à  Ponte Velha  (assim a referenciaram) "  o seguinte:

"Restauro da Ponte Velha para ficar transitável a pé e de bicicleta com arranjo de todo o espaço envolvente com zona de lazer, que se torne numa área agradável e bonita para quem entra na freguesia."


Resta-nos acreditar na palavra, dita, escrita e prometida!!!




Colaboração fotográfico de Glória Fonseca
Pesquisa de Bruno Cruz
      Texto de Manuel Gomes
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10 fevereiro 2011

Carnavais !



Lena Leal e a Bisita no Carnaval de 1968.








Um Grupo de foliões "Pombalinhenses" brincando ao Carnaval no ano de 1972.
Reconhecem-se de entre outras, a Lena Leal, a Bisita, a Milai, a Lisete, a Alice Correia, a Aurora Cavaco, a Lena Cavaco,  a Fernanda Cavaco e a Lucília Gomes.




Colaboração fotográfica - Lena Leal

Pesquisa - Bruno Cruz





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02 fevereiro 2011

Cartas de Maputo VI !


Como noutras cartas que recebi de Guilherme Afonso, fruto de um intercâmbio de amizade que estabelecemos por volta dos primeiros meses de  2004,  também esta de que vos dou conta hoje aqui no nosso blog,  ao Pombalinho e  às suas gentes o nosso amigo, a viver em Maputo,  se refere de uma forma muito especial e com o timbre histórico a que nos foi habituando! Contempla igualmente aspectos particularmente interessantes da sua vida, enquanto  no exercício como  profissional da PSP em Lisboa! Uns e outros merecem, acho eu,  que nos debrucemos por uns breves instantes na leitura desta sua carta que me endereçou, imagine-se há quase sete anos, e que eu considerei por bem divulgar!


"Caro Amigo Manuel Gomes


Muito obrigado pelos seus votos de uma Páscoa feliz. Que também o Manuel Gomes e toda a sua Família tenham tido uma boa Páscoa e que tudo sempre vos corra pelo melhor, são os meus votos.

Muito gostei, meu amigo, da sua última carta, sobretudo por nela evocar tantas coisas que nos são comuns, apesar de, na chegada a este mundo, nos separarem cerca de 24 anos. E se a maior parte delas tem a ver com o facto de termos nascido na mesma terra e, consequentemente, termos conhecido e conhecermos as mesmas pessoas e acontecimentos, outras saem desse âmbito e resultam de convivências e de emoções que pela vida fora foram moldando a nossa personalidade, ou seja, como o Manuel Gomes muito bem diz, «fomos gravando no “disco rígido” da nossa existência» e «nos empurram para o querer compreender sempre cada vez mais as razões da nossa vida».

Nesta sua última carta, veja só alguns dos pontos que nela focou que vieram despertar vivências bem enraizadas (sigo a ordem pela qual se apresentam na sua carta).

Júlio Freire. Fomos grandes amigos. Sempre o tendo conhecido, como não poderia ter deixado de ser, começámos a fazer palavras cruzadas e a matar charadas juntos, até a concurso, através de uma revista, o “Cavaleiro Andante”, que também juntos assinámos, tinha eu dezasseis ou dezassete anos. Juntos, ainda, fomos muitas vezes à pesca, especialmente quando, depois de eu me ter tornado funcionário do Estado (polícia), primeiro em Lisboa e depois aqui em Moçambique, ia gozar as férias ao Pombalinho. E tenho até uma fotografia dele, tirada por mim quando ele está debruçado sobre o Alviela, com a cana na mão direita à espera que o peixe pique. Diz o Manuel Gomes que ele «vivia frente ao Diamantino(...) e que mais tarde teve uma Padaria». Ora, meu amigo, eu sempre o conheci com essa padaria e como padeiro. Um lapso de memória da sua parte, creio eu, o que é naturalíssimo.

João Villaret. Enquanto fui polícia em Lisboa, muitas vezes fui de serviço (e esse era o serviço que, como polícia, mais me agradava fazer) para os cinemas e para os teatros, incluindo para o de S. Carlos (ópera). E uma parte do serviço nos teatros era feita nos bastidores. Pois bem, algumas vezes vi representar o João Villaret e o vi nos bastidores. Uma das peças em que me lembro de o ter visto foi em “Daqui Fala o Morto”, no Monumental (Praça Duque de Saldanha) e, se me não engano, juntamente com a Laura Alves. Além disso, eu estava colocado na Esquadra de Benfica e ele morou na Estrada de Benfica, numa casa em que, por sinal, a porteira era a Adelaide Andrade, mulher do Carlos Leal, que também era polícia mas trabalhava na sapataria, porque tinha aprendido esse ofício com o António Barros. Ora, ao fazer as minhas patrulhas na área em que ficava essa casa (fazia esquina com a Rua Duarte Galvão, que desemboca no Hospital da Cruz Vermelha), muitas vezes vi também o João Villaret, entrando e saíndo.

Mário Viegas. Através dos meios de comunicação social, acompanhei o seu percurso no cinema, no teatro e na declamação, especialmente a partir da sua participação no filme “Kilas, o Mau da Fita”. Um grande artista nascido na nossa Scálabis. Um artista inconformado, irreverente, arrebatado e iconoclasta que muito merecidamente tem há muito tempo um teatro com o seu nome em Lisboa, e parece-me que outro, há pouco tempo, em Santarém, onde antes era, salvo erro, o Teatro Rosa Damasceno.

Quinta da Melhorada. O meu pai também aí nasceu. E como devia ser pouco mais ou menos da idade do seu avô Manuel Calvaria, aí brincaram com certeza muito um com o outro, em miúdos. Além disso, eu trabalhei muito para o João d’Assumpção Coimbra, sobretudo a gradar. Ainda da última vez em que estive no Pombalinho fui até à Melhorada, para matar saudades do chão tantas vezes pisado na infância e na adolescência. Na Melhorada havia uma tamareira, a única ali pelas redondezas, que foi deitada a baixo por um ciclone em 1941. Algumas das idas à Melhorada, com outros miúdos, era para vermos se apanhávamos tâmaras. Também lá havia pavões, e também de lá vínhamos às vezes com as bonitas penas de pavão.

Sobre as professoras no Pombalinho, eu conheci bem a D. Maria José que foi sua professora, mas que já não foi a minha. Mas a que foi minha professora creio que se chamava também Maria José, de nome completo Maria José de Moura Amorim (o Amorim era o apelido do marido). A D. Verónica, conheci-a melhor, claro. Tive sempre uma grande estima por ela e pelas irmãs, a Justa e a Chica. Também conheci os pais e o irmão (Pedro), que tinha uma ourivesaria em Santarém e que se suicidou. Acho que todas as mulheres da família andaram comigo ao colo e me mudaram os cueiros. A Verónica menos, julgo eu, por ter ido estudar. Eu nasci numa casa dessa família e lá vivi até aos 15 ou 16 anos, quando me mudei para o Pátio do Neto e, quase logo a seguir, para a Rua de Baixo. Muitas vezes, segundo os meus pais me contavam mais tarde, quando a minha mãe ia para as lides de uma mulher casada, essas que eu revivo nas minhas memórias, eu e o meu irmão ficávamos aos cuidados da D. Palmira (a mãe) e das filhas. Eram muito boa gente, meu amigo, muito boa gente. Nem queira saber com que emoção eu recordo toda a família.

Para não me alongar muito mais, passo a responder à sua pergunta sobre o tal rapazinho de cabelos loiros chamado António Afonso.

É, de facto, meu filho, e faz daqui a pouco 50 anos. Depois de termos vindo daí, tinha ele 5 anos (aliás, fê-los no barco, quando vínhamos para cá), voltámos aí em 1964 e ficámos no Pombalinho cerca de seis meses, que era a duração de uma licença (licença graciosa chamada) a que os funcionários ultramarinos tinham direito de 4 em 4 anos. Ele fez então os 10 anos aí, em 18 de Outubro, e frequentou aí a terceira classe. A escola era então na Casa do Povo e a professora dele era uma professora muito jovem ainda, coxa, conhecida por Mariazinha. Pelos vistos , essa não foi também sua professora. Se tivesse sido, até poderia o amigo Manuel Gomes estar aqui numa fotografia que eu então tirei a toda a turma, com a professora, naquela varanda de seixos da casa ao lado do Borges, em que na altura morava o João Padeiro (aqui temos nós a questão das profissões usadas como apelido). Penso que seja só a 3ª classe. No meu tempo, era só uma professora para os rapazes de todas as classes, e outra para as raparigas. Mas, como vejo pela sua carta, isso ainda o Manuel Gomes apanhou.

E foi nessa altura, portanto, que o Manuel Gomes conheceu esse meu filho. Mas ele voltou a andar por aí, já com 19/20 anos. Tinha ido estudar para Lisboa e estava aí quando chegou o 25 de Abril de 1974, de que se comemoraram agora os 30 anos. Se ele sempre terá ido ao Pombalinho com frequência, porque tinha lá os avós, tios e primos, depois daquela data passou lá bastante tempo, tendo ajudado a criar o Centro de Trabalho do PCP, com o Travessa, o José Martinho, o José Rodrigues, o Silvino Ramos, o Joaquim Justino, etc. Não se lembra dele dessa altura?

Depois, com a independência de Moçambique e de, sobre ficarmos cá ou nos irmos embora, termos conversado todos, para que a decisão fosse pelo menos consensual, resolvemos ficar e ele resolveu vir-se embora antes de acabar o curso, até porque as Universidades viviam numa perturbação muito grande, mal dando para estudar. Formou-se depois aqui em Ciências da Educação, curso que o outro meu filho, mais novo 7 anos, também tirou, o que quer dizer que têm os dois a mesma Licenciatura.

O António Afonso tem um livro de poesia publicado e colaboração em jornais, o que o outro (Carlos Alberto) também tem. Do António Afonso, se se interessar em ver poesia dele e uma crónica, experimente pesquisar na Internet em Afonso dos Santos, que é o nome que ele usa nesses trabalhos. Em Afonso dos Santos poesia ou em Afonso dos Santos crónica, chegará lá depressa.

Ele ficou muito satisfeito por se lembrar dele, agradece muito o seu abraço e retribui com outro igual.

Caro Manuel Gomes, desta vez envio-lhe juntamente uma parte das minhas MEMÓRIAS intitulada “Dá Alguma Coisa ao Necessitado?”. Talvez no seu tempo já não tenha havido disso. E talvez nem nunca tenha ouvido falar. Quanto à divulgação desta parte no Livro de Visitas, deixo isso consigo, como da última vez. Mas se fosse a si, como costuma dizer-se, pelo menos esperaria que aparecesse alguém a pronunciar-se sobre aquilo que já foi divulgado.

É tudo por esta vez, Amigo Manuel Gomes.

Um abraço muito cordial para si, para o seu Pai e mais Família, e votos de muita saúde e de muitas felicidades.



Guilherme Afonso 28/04/2004 "



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24 janeiro 2011

Retratos XXIII




Manuel Fonseca e Joaquim Barreiros Felisberto - Ano de 1950.






Colaboração fotográfica -  Maria Luísa Felisberto

Pesquisa - Bruno Cruz






13 janeiro 2011

Manuel da Costa Braz






Manuel da Costa Braz é uma figura  indelevelmente ligada à  história  do nosso país. Desempenhou papel fundamental na preparação do 25 de Abril e pelos lugares políticos que ocupou depois da queda do antigo regime,  mereceu  vários reconhecimentos nacionais e internacionais  que se traduziram, por exemplo,   na atribuição da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Ramalho Eanes,  no ano de 1982.

O  "Pombalinho" , ao coronel Costa Braz se tem referido ao longo da história deste blog. Pelo exemplo de cidadania  que sempre demonstrou  no desempenho dos altos mais cargos para os quais foi solicitado a exercer, mas também, é  bom  não  o esquecermos, por ser um "Pombalinhense". E  assim,  reunindo  informação disponível na internet  com mais alguma de arquivo  particular,  nasceu  um espaço ao qual atribuímos o nome de "Manuel da Costa Braz".

Com a criação deste blog não se pretendeu de forma alguma historiar a  vida daquele que foi, de entre outros cargos de relevo,  o primeiro Provedor da Justiça em Portugal, mas tão só disponibilizar na internet  informação cronológicamente importante sobre o militar e o homem  que numa  fase marcante da sua vida, soube  interpretar o País e os seus legítimos desígnios. Cliquem pois, em   http://costa-braz.blogspot.com/  .





11 janeiro 2011

Passagem de ano!







É uma fotografia antiga! Provávelmente tirada em finais da década sessenta do século passado! Mas guarda memórias de um tempo irrepetível e jamais inigualável! Os Pombalinhenses não  necessitavam, ainda,  de slogans apelativos a favor de uma qualquer movimentação ou participação de carácter lúdico/social! De uma forma expontânea e muito natural, grupos de jovens organizavam  eventos de confraternização  onde  a boa disposição marcava presença, sempre certa, em ambientes de saudável camaradagem!

Recordamos este encontro de "Passagem de Ano" que teve lugar, talvez, no salão do Diamantino Borges ou num celeiro, que havia, anexo à Escola Velha. Estiveram lá presentes,  o José Menino, o Heliodoro Bacalhau, O Felismino, o Joaquim Mateiro, o Manuel Narciso, o João Maria, o Chico Bento, o Miguel Costa, o José Aurélio, o José Lino, o A Carlos Martinho, o Légua, o Alfredo Francisco, o Victor, o Manuel Fonseca, o João Melão, a Maria Júlia, a Aurora Cavaco, a Gena, o António Duarte, a Fernanda Cavaco, o Fernando Leal, o Júlio Gabriel, a Victória Silva, a Lurdes Gomes, etc.!


Colaboração fotográfica - Miguel Costa

Pesquisa - Bruno Cruz





05 janeiro 2011

Pombalinho foi à RTP!







A ida do Pombalinho à Rádio Televisão Portuguesa,  motivou naturais e compreensivas expectativas! Um   número considerável  de pessoas via esta participação no programa "Portugal no Coração" como uma oportunidade  ímpar de se poder falar da sua terra para um tão vasto auditório nacional e internacional.

O programa  abriu com uma breve reportagem  realizada  no centro do Pombalinho onde  José Tinoca, acompanhado do repórter da RTP, mostrou alguns dos lugares mais importantes da freguesia. Depois em directo e a partir dos estúdios do primeiro canal da estação pública de televisão,  o programa continuou em cumprimento do seu  alinhamento habitual. A estruturação do programa baseou-se  à volta de perguntas feitas a  três convidados principais,  Georgina Júlio,  coronel Costa Braz e o presidente da Junta de Freguesia, Luis Filipe Júlio, com intervenções musicais de permeio,  demonstrações de culinária  e  ainda  reportagens de exterior noutras localidades do país. Mas o tema principal,  do "Portugal no Coração" de  4 de Janeiro de 2011,  foi  realmente o  Pombalinho!

Assistimos com natural interesse ao desenrolar do  programa  e como é obvio gostamos mais de umas coisas e menos de outras! É claro que a concepção do programa é de um  "talk-show" alegre e informal, só que  em  determinados momentos achamos que se justificava da produção/apresentadores uma recusa ao aligeiramento sobre a abordagem no que diz respeito ao Pombalinho. Se no "Portugal no Coração", havia a pretenção de se falar e dar a conhecer um pouco mais do Pombalinho, da sua história e das suas gentes, deveria ter-se munido de informação suficiente sobre o  cidadão Manuel da Costa Braz! Com efeito, este ilustre militar de Abril não foi apenas ministro da Administração Interna, como ligeiramente chegou a ser referenciado! Foi muito mais do que isso! Prestou ao país, serviços da mais alta responsabilidade no período imediatamente antes do 25 de Abril e depois deste! À  RTP bastava que consultasse os seus arquivos! À produção do programa,  que se tivesse dado ao cuidado de pesquisar na internet algumas publicações que existem para o efeito! Costa Braz  merecia, a exemplo do que aconteceu com os outros dois convidados principais, uma referência alusiva  aos anos, porventura, mais importantes da sua vida!


Um outro aspecto que me pareceu passível de reparo, foi a omissão no que diz respeito à  história do Pombalinho! Esta terra, como muito bem referenciou Luís Filipe em resposta a uma pergunta de João Baião,  tem mais de quatrocentos anos de história! Merecia por isso uma continuação na abordagem ao seu passado e consequentemente a algumas pessoas que em muito contribuíram para o seu desenvolvimento social! Perdeu-se, nesta excepcional janela de oportunidades, a possibilidade de se ter dado a  conhecer, por exemplo, António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero, barão de Pombalinho, e a sua luta contra as tropas invasoras de Junot!  Admito  perfeitamente, que  no  figurino deste programa   não fosse possível  uma  informação histórica  tão aprofundada! Momentos de alegria e boa disposição são necessáriamente importantes, mas  o Pombalinho e a sua  história  mereciam  um  pouco mais!

Para galeria de imagens clicar AQUI.





04 janeiro 2011

Hoje estamos na RTP!




O Pombalinho vai estar hoje representado no programa da tarde da RTP, Portugal no Coração! Sob o comando dos apresentadores Tânia Ribas de Oliveira e João Baião,  algumas  personalidades nossas contemporâneas  que   ficaram ligadas ao Pombalinho  por razões de natalidade, irão preencher parte deste programa com as suas  histórias de vida!


Representantes do Poder Local e de outras instituições da freguesia igualmente estarão  presentes! A todos, desejamos um agradável  e  feliz  programa!



20 dezembro 2010

Natal 2010 !


Natal 2010



... são os meus votos a todos os amigos, colaboradores e visitantes deste espaço de memórias do Pombalinho!





08 dezembro 2010

Retratos XXII !






Quinta da Cardiga/Ano de 1976 - Luís Duarte Frois e José Barreiros Cachado.






Colaboração fotográfica de Maria Graciete Frois e de Bruno Cruz.






02 dezembro 2010

Ponte de Fernão Leite V





Não se sabe com exactidão a data de construção da ponte de Fernão Leite. No entanto, uma notícia a que tivemos acesso no antigo Correio da Extremadura de 21 de Setembro de 1895, revela-nos, com as devidas reservas de carácter histórico, que a infraestrutura poderá ter começado a ser edificada em fins do mesmo ano em que o jornal foi publicado.

Assim sendo, da sua construção a que nos referimos no post de 22 de Novembro de 2010, podemos concluir agora, que poderá não ter passado de uma grande reconstrução em consequência de acção nefasta das cheias do rio Tejo no ano de 1911 !








Assim reza o teor da notícia: "Sabemos que a reiteradas instancias do sr. conselheiro Marianno de Carvalho, se vae em breve proceder á construção da ponte sobre a alverca de Fernão Leite, junto à povoação do Pombalinho, que há muito é sollicitada pelos povos d'aquelles logares, visto que muito facilita a communicação entre o Pombalinho, Azinhaga, Gollegã, etc, tornando-se por isso uma necessidade inadável.

Folgamos em registar mais este melhoramento promovido por s. exª o sr. Marianno de Carvalho, que assim responde cathegoricamente aos gôzos que andam ladrando ... à lua ! "








Mariano Cirilo de Carvalho não é uma personalidade que tivesse influído ou participado directamente na vida colectiva do Pombalinho! Mas, tal como aconteceu com o bispo D. Miguel de Castro e outras mais individualidades, a esta terra ribatejana ficou ligado por razões puramente históricas, fazendo deste modo algum sentido que a ele nos refiramos. E a simples razão de por este antigo deputado e Ministro da Fazenda e do Reino ter passado a decisão oficial da construção da ponte Fernão Leite, merece que dele saibamos um pouco mais!

Para mais informação sobre Mariano Cirilo de Carvalho, nascido em Alenquer, clique AQUI .



Pesquisa de Bruno Cruz
Pesquisa e Texto de Manuel Gomes






30 novembro 2010

Ponte de Fernão Leite IV







Assim nos habituamos a ver a Ponte de Fernão Leite! Integrada num dos locais mais aprazíveis do Pombalinho não servia apenas de "passagem para a outra margem"! Era normalmente motivo de visita nos pequenos e consensuais passeios de domingo. E até alguns festejos anuais ali tiveram lugar, como os de 1919 !

Neste grupo de pombalinhenses, reconhecemos da esquerda para a direita, Américo Ferreira, António Carlos Branco, Miguel da Costa, Manuel Gomes e Fernando Duarte.

A fotografia reporta-se ao ano de 1969.





Colaboração fotográfica de Joaquim Mateiro





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26 novembro 2010

Ponte da Alverca Grande







Geográficamente em relação ao rio Tejo, os campos agrícolas a sul do Pombalinho localizam-se numa zona de fácil alagamento devido às águas provenientes das habituais cheias deste rio internacional. As alvercas existentes nesta região funcionavam, antes de algumas terem sido arrasadas pela industrialização da monocultura, como depósitos de retenção dessas àguas, servindo as mesmas posteriormente para o regadio de searas e outros tipos de cultura agrícola.

Para encurtar distâncias nas vias de comunicação, cujos trajectos coincidissem com as alvercas, recorreu-se à construção de pontes e aquedutos. No Pombalinho algumas destas infraestruturas existiram ao longo muitos anos, sendo a ponte de Fernão Leite a mais conhecida por se situar numa estrada nacional.

Mas outras também tiveram a sua natural utilidade, como foi a ponte da Alverca Grande. De construção totalmente em madeira e de técnica artesanal, como a fotografia aqui publicada bem elucida, permitia ser utilizada apenas para passagem de pessoas, não reunindo mesmo assim, as condições de segurança exigíveis a este tipo de infraestrutura.

Escreveu-me o autor desta fotografia, via e-mail: "Junto lhe envio, então, em anexo, uma fotogorafia por mim tirada, em 1964, à ponte que existia na Alverca Grande e à paisagem circundante, num conjunto que me parece bastante bonito." Sem dúvida, um conjunto bastante bonito! Pena é que "postais" destes rareiem cada vez nos nossos campos, alterando significativamente o equilíbrio da natureza!



Fotografia da autoria de Guilherme Afonso - Ano de 1964