“Praça” era a designação do local
onde, aos Domingos, depois do almoço e envergando os seus fatos e vestidos
domingueiros, separadamente se juntavam os homens e as mulheres em busca de
patrão para a semana seguinte, pois que para contratarem o pessoal de que
necessitassem lá estariam igualmente os capatazes ou os patrões cuja riqueza
não dava para meter capataz, que era o caso do patrão-seareiro.
Em três locais diferentes e por
esta ordem conheci eu a “praça”: no cruzamento da Rua de Santo António com a
estrada que vai para a Azinhaga; junto à taverna das Motas, que confinava com o
recinto da igreja; e no adro da igreja. Era um tempo em que raramente passava
um veículo puxado por animais ou um ciclista, e mais raramente ainda um veículo
motorizado. E, por isso, o pessoal ocupava a estrada.
Nesta imagem, datada de 1964,
podem-se reconhecer, Luís da Conceição (de bicicleta), Francisco Cruz, Romão
Sapateiro, Dionísio Vinagre e José Dias (ao fundo e à direita).
Nota - Outra
referência a este ritual domingueiro dos trabalhadores assalariados, poderá
encontrar em Perfume da Alma ou aqui na A Praça .
Texto e Fotografia de Guilherme
Afonso
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