Na aldeia
do Pombalinho os tempos nunca foram fáceis para as suas gentes.
Situada a 2 Km do rio Tejo e com os campos de cultivo alagados sempre que
as chuvas de maior intensidade resolviam fazer transbordar o leito do maior rio
português, sempre foi a agricultura considerada a actividade de maior
preponderância na região.
O emprego, para a
maior parte da população tinha que estar, assim, inevitavelmente ligado
ao amanho e ao cultivo da terra!Os restantes, ou escolhiam profissões de
apoio a essa actividade, ou então teriam de olhar outros horizontes de modo a
satisfazerem o elementar sustento das próprias famílias.
A França foi um dos
destinos escolhidos pelos Pombalinhenses como alternativa às dificuldades
inerentes das características do trabalho sazonal desta região! Lá surgia
uma das raras oportunidades de arrecadarem algum dinheirito para mais tarde poderem construir um
lar, tantas vezes pensado mas de concretização quase sempre adiada no
tempo!
Mas nem todos
optaram pelo centro da Europa nesta diáspora emigratória! Houve quem
trilhasse os caminhos africanos e Moçambique foi uma das antigas colónias
ultramarinas escolhida preferencialmente para uma nova fase das suas vidas
profissionais e familiares.
Foi pois, em ambiente
de amena confraternização ( aproveitando uma passagem de Ricardo Chibanga por
Moçambique, para mais uma das suas inúmeras actuações tauromáquicas) na casa do
Guilherme Afonso no ano de 1972, que esta fotografia foi registada e que o
próprio intitulou e bem de “Pombalinhenses em Lourenço
Marques” .
Para a este pedaço da
história do Pombalinho, aqui ficam , da esquerda para a direita, os seus
protagonistas: Guilherme Afonso, um irmão de Ricardo Chibanga, Luís da
Conceição, Ricardo Chibanga, José Alcobia, Luís Vieira Jorge, Lurdes Teixeira,
Milita Mateiro, Joaquim Mateiro, Violante Cruz, esposa do Diamantino Teixeira,
a filha e o Diamantino. Pela mesma ordem, os miúdos são, a filha (Niu) e o
filho (Luís) do Luís Vieira Jorge e da Lurdes e o Carlos Alberto (filho mais
novo do Guilherme Afonso).
Texto_Manuel
Gomes/Guilherme Afonso
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