Nos anos que
antecederam a industrialização do vestuário, muitos alfaiates e costureiras
existiram por essas aldeias fora. No Pombalinho, durante os anos sessenta e em
tempos em que a moda guiada por ritmos de puro consumismo ainda não tinha dado
os primeiros passos, era frequente algumas senhoras recorrrerem às costureiras
da aldeia para que estas executassem os seus vestidos por encomenda, ou seja,
depois do tecido escolhido e do feitio consensualizado entre a modista e a
cliente, passava-se à fase do corte que de imediato obrigava á primeira prova,
procedendo-se depois ao acerto de pequenos detalhes até o vestido ficar
satisfatoriamente ao gosto da cliente.
No post anterior fizemos referência a uma
dessas senhoras que se dedicou ao trabalho e ensino da costura. Porém outras
houve no Pombalinho, mas uma destacou-se não só pelo número de pessoas a quem
ministrou a arte de corte e costura mas também porque a sua mestria “internacionalizou-se”, alcançando níveis e padrões de
qualidade que facilmente tiveram reconhecimento fora de portas. Ela foi a nossa
conhecida Ema Braga e este registo de 1964 representa uma das muitas “fornadas”
de costureiras que a própria formou com a sua sabedoria, ainda na Rua Joaquim
Gonçalves Ferreira. Da esquerda para a direita, Maria Albertina, Teresa, Luísa,
Milita, Salomé e Ema Braga.
Autoria da
Fotografia_Guilherme Afonso
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