27 abril 2007

Lar, doce Lar





Hoje quando se pensa na casa, aquele cantinho há muito desejado e onde idealizamos constituir a nossa família , é-nos proporcionado um leque de escolhas de tal modo vasto e variado que dificilmente não encontraremos o que tínhamos planeado  em adquirir.

È claro que nos dias e tempos que correm, tudo se resume afinal de contas à capacidade económica dos proponentes compradores! Existe à volta da indústria do imobiliário,   toda uma série de estruturas organizativas que simplificam consideravelmente a compra do tão ambicionado lar.

 Tempos houve porém, em que esta realidade ainda não fazia parte integrante dos planos familiares dos portugueses e particularmente dos Pombalinhenses! Mesmo assim lá se ia construindo ao ritmo desses tempos, bem diferentes dos de hoje, algumas casas em zonas onde o alargamento de área habitacional era previsível, como na Rua 5 de Outubro e no Casal Centeio.


Esta fotografia, apesar das dificuldades bem compreensivas desse ano de 1963, é igualmente bem expressiva do ambiente de festa que normalmente rodeava estas etapas marcantes das vidas de muita gente que deitava mãos à obra. A casa então em construção situa-se na rua 5 de Outubro e os captados pela objectiva do retratista são, da esquerda para a direita , os jovens Carlos Gomes, Francisco Gaião, António Mogas, Lucília, José Luís, Manuel Joaquim, António Calado e os adultos pela mesma ordem, o Manuel Narciso, o Saraiva, o José da Conceição Valadares, o João Condeço, Luis Camões, António Cufa, Manuel Bacalhau, Carlos Catrola, e o proprietário da casa, Manuel Gomes Calado.




22 abril 2007

Vera Cruz Futebol Clube V




E como hoje é domingo, porque não recordarmos mais uma daquelas valorosas equipas do nosso Vera Cruz Futebol Clube, que tantas alegrias nos propiciaram nessas longínquas tardes de uns tempos saudosamente recordados? Parafraseando o autor de um recente programa televisivo, “os tempos mudaram muito mesmo, nos últimos quarenta anos”. E na verdade muitas transformações se operaram nas nossas vidas ao nível dos hábitos mas também na forma como nos organizamos para podermos responder às solicitações diárias das várias actividades das nossas vidas. Eu, como se sabe, sou de uma geração muito posterior a esta, que hoje publicamos no Pombalinho, mas ainda me lembro de como nos tínhamos de desenrascar quando as nossas botas não estavam em condições de serem utilizadas. Normalmente o problema residia na falta de travessas e aí lá tínhamos de recorrer aos bons préstimos profissionais do António Barros (um dos sapateiros do Pombalinho que residia na Rua Hilário José Barreiros) para que este pacientemente as consertasse a tempo de as podermos utilizar no jogo que se avizinhava. Agora, claro, os tempos são definitivamente outros...!!!
Bem, mas vamos à identidade destes nossos gloriosos representantes, num jogo disputado na nossa vizinha Azinhaga e num qualquer ano dos anos sessenta: de pé e da esquerda para a direita, Luís Júlio, José Braga, José Leal, Joaquim Vieira, António Maria, Isidoro, "Charola" e Francisco Cruz. De joelhos e pela mesma ordem, Diamantino Teixeira, José Rodrigues e João "Coradinho".

Colaboração Fotográfica_ José Leal





17 abril 2007

As Fogaceiras - 1



Já aqui nos referimos a várias gerações de Fogaceiras que nas Festas realizadas no Pombalinho, muito contribuíram para programação e a manutenção de uma tradição que de há muito se vem exemplarmente preservando. Desta vez e pela simpática colaboração de uma nova jovem colaboradora, a Tânia Martinho, publicamos para a galeria histórica do Pombalinho mais duas gerações de Fogaceiras Pombalinhenses.




Este grupo participou nas Festas do ano de1940 e reconhecem-se de pé e da direita para esquerda, Emília Serra, Maria Emília Melão, Júlia Guilherme, Rita Cavaco, Felisbela, Maria Raquel e Adelaide Carvalho. Sentadas e pela mesma ordem, Luísa, Júlia, Francelina Légua, Guilhermina e Anita.








Esta fotografia registada a sul da Rua 1º de Dezembro, refere-se a um grupo de Fogaceiras das Festas de 1982 e reconhecem-se de entre outras, a Estela, a Elvira, a Olga, a Dina e a Cristina Brás.

As duas meninas que estão em primeiro plano, são a nossa conterrânea Tânia Martinho de mão dada com a sua pequenita irmã Aida Martinho.









10 abril 2007

Guilherme Afonso - Escritor









Guilherme Afonso estreou-se literariamente em 28 de Julho de 1959, com um conto publicado no “Diário Ilustrado” de Lisboa. Depois, outros seus trabalhos surgiram naturalmente, como “Um conto... e Quinhentos” em 1963, “Amor não se Vende” em 1973, “Para uma Descolonização Mental” em 1974 , “O Futuro da Revolução” e “Abatido ao Efectivo” em 1979 .

O livro que escolhemos foi publicado no ano de 1988, intitula-se “Circuito” e é como o seu autor o define, "os contos que fui escrevendo ao longo de trinta anos com intermitências mais ou menos prolongadas." E de entre esses contos há um muito especial ..., bem, mas vamos às suas próprias e elucidativas palavras, contextualizadas em Nota do Autor deste mesmo livro “… O leitor verificará, todavia, que incluí no livro um desses contos cuja acção se situa nesse espaço longínquo – um espaço em que nasci e atingi a idade adulta e em que, portanto, o fundamental do que sou e penso se formou.

Dois motivos me levaram a incluí-lo. Um, é o facto de ele aludir, com oliveiras e vinhas, a uma realidade que não está limitada ao espaço em que há oliveiras e vinhas: é a realidade dos explorados e daqueles que sofrem de alguma inferioridade física ou de certo de doenças (no caso de “ O Zé Hóstia” , a sua débil compleição e os ataques epilépticos do protagonista). O outro é considerá-lo eu um dos meus contos mais conseguidos e gostar muito dele, talvez porque também gostava muito daquele a quem roubei bastante para dar corpo ao meu Zé Hóstia – um dos meus companheiros camponeses durante muitos anos."  






Para a leitura integral do "Zé Hóstia", clicar em  Circuito 








04 abril 2007

Vera Cruz Futebol Clube IV





Já aqui nos referimos aos tempos gloriosos do Vera Cruz e do que essas representações futebolísticas simbolizavam para as gentes do Pombalinho. Eram os momentos das "romarias" em direcção ao campo das Ónias nos domingos à tarde, de bicicleta ou mesmo a pé, lá íamos todos irmanados de uma fé inabalável para apoiar os nossos bravos jogadores nesses distantes campeonatos de futebol da FNAT. Esta fotografia do início da década de sessenta, representa uma das equipas que maior brilhantismo alcançou nos mais diversos campos de futebol por onde passaram. São eles da esquerda para a direita e de pé, o João Bispo, o José Gomes, o José Guilherme, o António Bento,"Charola" e o António Domingos. De joelhos e pela mesma ordem, o José Leal, o Manuel Barão, o António Manuel Leal e o José Bacalhau.








"Esta já cá canta", parece quererem dizer ao fotógrafo de serviço, os craques José Leal e Manuel Barão, mostrando a taça gloriosamente conquistada.




Colaboração Fotográfica_José Leal