23 agosto 2008

Barão de Pombalinho


António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero, 1º Barão de Pombalinho (título criado por D Maria II, Rainha de Portugal, por decreto de 08 de Maio de 1837) é oriundo de uma notável família portuguesa descendente de Dom Raimundo Garcia, a quem o conde de Portugal Dom Henrique de Borgonha doou o couto de Portocarreiro, senhorio de que tomou o nome Dom Raimundo Garcia de Portocarrero .

Nasceu no Porto em 20 de Abril de 1781 e é filho de Francisco Luís de Brito de Araújo e Castro e de Ana Luísa da Cunha Coutinho Osório e Alarcão de Portocarrero.
Sua mãe, 14ª Sra. da Quinta da Torre em Villa Boa de Quires nasceu a 27 de Novembro de 1746 e morreu a 6 de Maio de 1801 tendo casado por três vezes: 1ª com Filippe Carneiro de Faria Pereira Manso, senhor dos Morgados da Parreira e da Serieira, Capitão Mor de Ourém; 2ª em 1777 com Francisco Luíz de Brito Araújo e Castro, senhor da Casa de Casal de Soeiro no Concelho dos Arcos, Cavaleiro da Ordem de Chr e Desembargador do Porto , que nasceu a 12 de Março de 1733 e morreu a 20 de Fevereiro de 1793; 3ª com o Desembargador José Cândido de Pina e Mello.

Casou em 1812 com Rita Mariana Giralda Freire, viúva de Manuel Nunes Gaspar e mãe de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º Barão de Almeirim.
Foi condecorado com a Cruz Ouro da Guerra Peninsular, na qual serviu, principiando em Capitão de Cavalaria na Leal Legião Lusitana e finalizando em major do Regimento Nº3, Posto de que se demitiu. Em 1833 prestou importantes serviços à causa da Rainha, foi Governador-Geral do Distrito de Santarém em 1846 e Comandante do Batalhão Móvel dos Voluntários de Santarém.

Almeida Garrett a ele se refere nas Viagens na Minha Terra: “No caminho encontrámos o nosso antigo amigo, o Barão de Pombalinho, - barão de outro género, e que não pertence à família lineana que nesta obra procurámos classificar para ilustração do século -, cavalheiro generoso, e tipo bem raro já hoje da antiga nobreza das nossas províncias, com todos os seus brios e com toda a sua cortesia de outro tempo, que em tanto relevo destaca da grosseria vilã dessas notabilidades improvisadas...
Vinha em nossa procura para nos guiar. Seguimo-lo.”

No Diccionario bibliographico portuguez, é referenciado por Innocencio Francisco da Silva, “Em uma contenda forensa , suscitada entre elle (Manuel Vieira da Silva, médico) e António de Araújo Vasques da Cunha, que morreu barão de Pombalino, por parte dos herdeiros de Manuel Nunes Gaspar, capitão-mór de Santarém, sobre a validade da mercê que D.JoãoVI fizera ao physico-mór de uns accrescidos no denominado monchão dos Coelhos, próximo às lezírias do Ribatejo, publicaram-se de ambos os lados pela imprensa memorias em que cada um dos contendores allegava os seus direitos contra os do adversário...”



 António de Araújo Vasques da Cunha Portocarrero , morreu em 10 de Maio de 1855.