Fernando Duarte, acompanhado pelo míudo José Cardoso de Vale
de Figueira e sua tia.
Em tempos passados, a
actividade comercial nas aldeias estava ainda longe de uma profissionalização
que mais tarde veio a surgir e que se transformou naquilo que hoje podemos
chamar de comércio local!
Nas poucas lojas que
existiam abertas ao público, vendiam-se essencialmente produtos de mercearia e
os restantes bens de consumo imprescindíveis à vida quotidiana das pessoas eram
transacionados nas feiras ou de porta a porta. Neste último caso, os vendedores/compradores
percorriam o interior das localidades e pelas ruas lá iam apregoando os mais
variados produtos que se propunham negociar! Deslocavam-se em carroças, mas
também havia quem, montado num burro ou numa mula se apresentasse a percorrer
as aldeias mais próximas.
Da fruta, à
roupa, passando pelo peixe, tudo de um pouco era vendido. Mas também havia quem
comprasse! Como era o caso do nosso conterrâneo Fernando Duarte que se dedicava
ao negócio dos galináceos! As galinhas, patos e perús depois de regateados por
um preço acordado entre ambas as partes, eram "despachados" por
comboio, a partir de Mato de Miranda e com destino a Lisboa!
Refira-se a
propósito que um dos filhos de Fernando Duarte, de seu nome Francisco Duarte,
deu continuidade a esta actividade iniciada pelo seu pai , tendo pelo facto e a
título de curiosidade, sido atribuído popularmente a ambos uma alcunha que
tinha a ver com a singularidade da profissão que exerceram. A de "Pardal"!
Eram conhecidos no Pombalinho por Fernando e Francisco Pardal!
Fernando
Duarte é pai de Francisco Duarte , Veríssimo
Duarte e de Maria
Luísa Narciso
Colaboração
fotográfica de Mª Luísa Narciso