01 fevereiro 2010

Fernando Duarte!




Fernando Duarte, acompanhado pelo míudo José Cardoso de  Vale de Figueira e sua tia.



Em tempos passados, a actividade comercial nas aldeias estava ainda longe de uma profissionalização que mais tarde veio a surgir e que se transformou naquilo que hoje podemos chamar de comércio local!

Nas poucas lojas que existiam abertas ao público, vendiam-se essencialmente produtos de mercearia e os restantes bens de consumo imprescindíveis à vida quotidiana das pessoas eram transacionados nas feiras ou de porta a porta. Neste último caso, os vendedores/compradores percorriam o interior das localidades e pelas ruas lá iam apregoando os mais variados produtos que se propunham negociar! Deslocavam-se em carroças, mas também havia quem, montado num burro ou numa mula se apresentasse a percorrer as aldeias mais próximas.

 Da fruta, à roupa, passando pelo peixe, tudo de um pouco era vendido. Mas também havia quem comprasse! Como era o caso do nosso conterrâneo Fernando Duarte que se dedicava ao negócio dos galináceos! As galinhas, patos e perús depois de regateados por um preço acordado entre ambas as partes, eram "despachados" por comboio, a partir de Mato de Miranda e com destino a Lisboa!

 Refira-se a propósito que um dos filhos de Fernando Duarte, de seu nome Francisco Duarte, deu continuidade a esta actividade iniciada pelo seu pai , tendo pelo facto e a título de curiosidade, sido atribuído popularmente a ambos uma alcunha que tinha a ver com a singularidade da profissão que exerceram. A de "Pardal"! Eram conhecidos no Pombalinho por Fernando e Francisco Pardal!



Colaboração fotográfica de Mª Luísa Narciso