Sempre que por ali passamos uma
curiosidade imediata nos ocorre! Que é de sabermos que pessoas ou histórias estarão
ligadas à existência deste palacete situado na rua principal do Pombalinho! Já
aqui publicamos um valiosíssimo documento histórico em que nele se descreve o
que aconteceu nessa trágica noite de 9 de Dezembro de 1870, mas como a
informação e bem, continua-nos a propor desafios irrecusáveis no enriquecimento
deste espaço sobre a nossa terra, debruçamo-nos hoje de uma forma mais
pormenorizada sobre a família detentora dos direitos de propriedade deste belo
edifício situado na antiga Rua da Igreja.
O seu mais ilustre proprietário,
talvez tivesse sido Manuel Nunes Freire da
Rocha , 1º Barão de Almeirim
que nasceu a 28 de Setembro de 1806 em Santo Estêvão do Santíssimo Milagre,
Santarém. Era filho de Manuel Nunes Gaspar e de Rita Mariana Giralda Freire,
foi aluno do Colégio Militar, fidalgo cavaleiro da Casa Real, Cavaleiro
Professor na Ordem de Cristo, 3º Senhor do paço das Lameiras, deputado em
várias legislaturas e Governador-Geral do distrito de Santarém. Sua
família foi proprietária de várias terras no Pombalinho, como a Quinta do
Outeiro, Mouchão da Velha, Quinta da Melhorada, Fonte Santa, Tapada do
Secretariado e Mouchão do Inglês, assim como do prédio rústico e respectiva
horta, situados na rua com a actual designação de Barão de Almeirim.
Manuel Nunes Freire da Rocha, casou
em Lisboa com Luísa Maria Joana Braamcamp de Almeida Castelo Branco a 28 de
Outubro de 1835 de quem teve três filhos, Maria Inácia Braamcamp Freire da
Rocha, Manuel Nunes Braamcamp Freire 2º barão de Almeirim e Anselmo Braamcamp
Freire, escritor, historiador, arqueólogo e genealogista.
Clarisse Braamcamp Freire
Alguns dos seus descendentes
ficaram ligados historicamente ao Pombalinho por razões marcantes das suas
vidas como foi o caso de sua neta e filha de Manuel Nunes Braamcamp Freire 2º
Barão de Almeirim, Clarisse Braamcamp Freire , que casou nesta aldeia em 28 de Abril
de 1913 com José Soares Pinto de Cabedo e Lencastre, Juiz Conselheiro do
Supremo Tribunal de Justiça, ou de outro seu neto e irmão da mesma Clarisse, Manuel Braamcamp Freire 3º barão de Almeirim, que na mesma
terra faleceu em 18 de Novembro de 1912. Também quatro suas bisnetas, filhas de Carlos Braamcamp Freire 4º Barão de Almeirim, ao Pombalinho
ficaram igualmente ligadas por questões de natalidade, foram elas, Maria Luísa Braamcamp
Freire que nasceu em 28 de
Agosto de 1903, Maria Isabel Amado
Braamcamp Freire , conhecida
por "Nicha" que nasceu em 29 de Setembro de 1913, Maria da Madre de Deus
Amado Braamcamp Freire ,
conhecida por "Piinha" que nasceu em 17 de Maio de 1915 e finalmente Maria Inácia Amado
Braamcamp Freire , conhecida
por “Naça”, que nasceu em 9 de Junho de 1922.
Sua mãe, Rita Mariana Giralda
Freire , por ter ficado viúva
de seu pai Manuel Nunes Gaspar, casa em segundas núpcias com o barão do
Pombalinho, António Araújo Vasques da Cunha Portocarrero.
Seus descendentes deixaram em
regime de depósito no Arquivo da História Social do Instituto de Ciências Sociais
o espólio da "CasaBarão de Almeirim" ,
cujo inventário oscila entre os anos 1794 e 1959.
Manuel Nunes Freire da Rocha veio a falecer em 16 de Julho de
1859.