Domicilia Narciso e Clementina Duarte / Foto Nov 2021.
"A Memória é não-mediada, e o que vem em seu auxílio vem directamente; a recordação é sempre reflectida. É por isso que recordar é uma arte." Soren KierKegaard - Recordemos então o Pombalinho...
Este importante
texto de José Luís Espada-Feyo, a
propósito da passagem da data de nascimento de El-Rei D.Miguel, remete-nos para
algumas ligações que ficaram para a história entre o soberano e a nossa aldeia
do Pombalinho.
Com efeito, numa
delas, aconteceu em 29 de Janeiro de
1824. Quis o então ainda infante D. Miguel de Bragança assistir a uma tourada nocturna
que se realizava no páteo do Neto desta localidade. De reconhecido sentido de
afficion pelo toureio, chegou mesmo, para entusiasmo de todos os que estavam a
assistir, a intervir num acto de extrema coragem na lide de um dos touros,
conforme descrição do Morgado do Almonda publicada no Correio do Ribatejo em 17 de Dezembro de 1966.
Em outras suas visitas
ao Pombalinho, também El-Rei D. Miguel participou em várias touradas realizadas
num páteo contíguo ao palacete dos Barões de Almeirim, segundo descrição do livro “História do Toureio em Portugal” de
António Rodovalho Duro.
Madalena
de Jesus na comemoração do seu
nonagésimo sexto aniversário, na Casa do Pôvo do Pombalinho, de onde é utente da IPSS . Nasceu a 2 de Fevereiro de de 1926, tendo sido
casada com Joaquim Duarte.
Foto
– CasaPôvoPombalinho
𝐏𝐎𝐌𝐁𝐀𝐋𝐈𝐍𝐇𝐎 / 𝐃𝐨 𝟒º 𝐁𝐚𝐫ã𝐨 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐦𝐞𝐢𝐫𝐢𝐦 𝐚𝐨 𝐚𝐯ô 𝐋𝐮í𝐬.
Na sua edição de 9 de Junho de 1928, o
Correio da Extremadura noticiou o falecimento de Carlos Braamcamp Freire. Foi o
último dos Barões de Almeirim a viver no Pombalinho, tendo usado o título
nobiliárquico por autorização de El-Rei D. Manuel II em 1914.
Filho de Manuel Nunes Braamcamp Freire e
de Maria Carolina Sofia Shannon, Carlos Braamcamp Freire (4°Barão de Almeirim)
casou com Maria da Madre de Deus Amado de Melo da Cunha e Vasconcelos em
Dezembro de 1911. Deste matrimónio nasceu, de entre os quatro filhos que
tiveram, Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire. Última da família a
residir no Pombalinho, foi para muitos que a conheciam a figura carismática da
"quinta da baronesa", como assim ouvíamos às pessoas de maior idade
sempre que a esse conhecido lugar da rua principal do Pombalinho se queriam
referir.
Maria da Madre de Deus B Freire, casou
com Luís Egas da Câmara Pinto Coelho em Novembro de 1935. Após a morte de
ambos, Sofia Pinto Coelho, sua neta e jornalista da SIC, encontrou certo dia e
por casualidade um importante espólio documental do seu avô com fotos e vídeos
sobre a sua vida familiar e profissional. Sofia, depois de uma apurada reflexão
sobre o "achado" considerou de todo interesse traduzir em livro essas
importantes memórias de família. E assim o fez! No ano de 2015 é publicado
"O meu avô Luís". Um excelente livro com muitas referências e fotos
sobre Pombalinho constam nessa bonita história a que Sofia Pinto Coelho tão bem
assim subtitulou: "Por amor, renunciou a tudo: à pátria, a Salazar, à
família".
Foto com a data de 1953. Da esquerda para a direita Manuel, José Maria, Maria Eugénia, Felismino José e Natália. Todos com o apelido da mãe (Encarnação).
AO
INVÉS DE BRINCAR COM AS DEMAIS CRIANÇAS DA ALDEIA ERA RESPONSAVEL POR UM
QUALQUER REBANHO DE OVELHAS …como pastor de ovelhas. Era uma pena vê-lo
durante as férias escolares, ainda por volta dos seus sete anos/oito
anos de idade, inseparável de uma saca de sarapilheira que nos dias de clima mais
agreste usava enfiada na cabeça em jeito de capuchinho, cobrindo-o até aos pés
…
O Felismino José veio a este mundo a 8 de
Janeiro de 1944, no Pombalinho. Seu pai, Felismino Costa, não o chegou a
conhecer, morreu com 34 anos de idade, seis meses antes do nascimento deste seu
filho.
Sua mãe, Maria da
Encarnação “Gaitas”, com a morte prematura do marido, ficou sozinha com o bebé Felismino
e mais quatro filhos. Para se precaver das dificuldades da vida, com vistas à sobrevivência
da família, socorre-se da ajuda de familiares e outras pessoas da terra. Com o nascimento do bebé, valeu-lhe a avó materna que do Felismino tomava conta
sempre que havia lugar de trabalho assalariado no campo.
A segunda guerra mundial grassava pelo mundo.
Salazar racionava os principais géneros alimentícios ao povo português dando
prioridade às exportações para Alemanha nazi. O pão, arroz, açúcar, bacalhau,
massas, sabão, azeite, óleo, manteiga, café, cereais e farinhas, entre outros, só
se adquiriam através de senhas de racionamento e não poucas vezes esgotados em
todo ou em parte. Na população rural o problema agravava-se. A maioria das
pessoas apresentavam-se em estado de
subalimentação.
NA PROCURA DE MELHOR SUSTENTO, VAI AO ENCONTRO DE EMPREGO NA GRANDE CIDADE.
O tempo passa e com 11 anos de idade, o Felismino José deixou a sua aldeia, o Pombalinho. Acompanha-o seu tio José Luís. O rumo é em direcção à grande cidade na esperança deste seu sobrinho vir a encontrar melhores condições de emprego e de vida.
Na rua dos Cavaleiros, em Lisboa, estava à sua espera numa tasca que ali existia o
respectivo patrão de nacionalidade galega. Fernando era o seu nome. Dá-lhe a conhecer
a localização do armazém com barris e pipas do vinho e mostra-lhe o lugar, por
detrás deles, onde vai passar a dormir.
Na minha adolescência, nunca passou por mim a
curiosidade de saber quem era o Felismino! Da sua naturalidade e origens
familiares! Mas sou testemunha da sua responsabilidade com que organizava o funcionamento na taberna/casa de pasto, situada
na rua da Ribeira Nova, em frente às traseiras do Mercado da Ribeira, ao Cais
do Sodré.
Recordo desse seu
sentido de bem servir, enquanto esperava por ser atendido por ele ou pelo seu
colega, duas a três vezes por semana pelo pires de café com as batatas fritas
bem quentinhas, pago com o dinheiro resultante das gorjetas que eu recebia dos
clientes da Robbialac, empresa situada numa rua ali bem perto - Nova do
Carvalho.
TODAS
AS MOEDAS TÊM DUAS FACES O ANO QUATRO ESTAÇÕES.
O
estabelecimento era composto por mesas compridas, sempre repletas de
estivadores e de trabalhadores dos serviços nas bancas do mercado, a comerem as
refeições transportadas de casa ou a deleitarem-se pelos bons petiscos
cozinhados na tasca. Só mais tarde, por via do namoro com a minha ribatejana
(que viria a ser minha esposa), vim a saber que o Felismino era pombalinhense e
seu primo direito. Claro que a partir
daí o pires de café com as batatas fritas bem quentinhas foi promovida a pires
de chá sem custos acrescidos!
Ficou há muito para trás o lugar onde ele
dormia na rua dos Cavaleiros. O salário que recebia do galego, embora magro,
dava para dormir num quarto alugado que partilhava com o seu colega. Aqui, já
não havia colchão no chão em armazém rodeado de barris e pipas de vinho.
Alugava-o a Dª Engrácia,
casada com um individuo com dias de posturas de mau feitio. A senhora na
maioria das vezes optava pelo silêncio visando sobretudo a defesa da sua filha
a Olga Maria, que a instruiu, quando a violência e a brutalidade aconteciam, a
refugiar-se junto do Felismino.
A TROPA VEM AOS
VINTE ANOS O CASAMENTO AOS VINTE E SEIS.
Aos
vinte anos de idade o Felismino deixa a grande cidade para cumprir o serviço
militar, com a especialidade de cozinheiro no regimento de Infantaria nº 15 (RI
15), em Tomar. As dispensas aos fim-de-semanas permitiam-lhe uma presença mais
assídua no Pombalinho, no reencontro com as suas raízes, a companhia da sua
mãe, família e amigos. Enfim, uma conjuntura de vida bem mais pura.
Era mais que obrigatório passar largos
momentos na loja do António Narciso e por isso a oportunidade de ver e falar
com a “menina da bata preta”. Cativava-o seu sorriso sempre simpático, o brilho
do seu olhar, o mútuo interesse profissional do dia-a-dia acontecia nas
instantes conversas com a jovem trabalhadora na mercearia e taberna do seu
padrinho. O dia de escrever o bilhete a pedir namoro à “Júlia da Loja” chegou.
De pronto foi aceite.
Correndo
vão os meses do namoro, a tropa já ficou para trás, o trabalho na Rua da
Ribeira Nova, em Lisboa recomeça e as cartas
entre os jovens apaixonados, Maria Júlia e Felismino, abundam.
Vinte e seis de
Abril do ano de 1970 foi o dia traçado para o seu matrimónio. Com pompa e circunstância
o evento é celebrado na igreja Matriz do Pombalinho, tendo como testemunhas o
mais três centenas de convidados.
São padrinhos dos
noivos, o casal Narciso, que logo oportunamente sugeriram que o Felismino José passasse
a ser colega da “menina de bata preta” com a função de gerir a taberna, ficando
a sua esposa com a encargo da mercearia.
Felismino
à entrada do estabelecimento Narciso, no ano de 1979.
ESTE
HOMEM BOM CHORA DE ALEGRIA NO MOMENTO ONDE A DOR E O AMOR SE MISTURAM COM CHORO
DA BEBÉ
A responsabilidade
de serem progenitores é uma vontade comum. Entendem que ter filhos é assumir responsabilidades e aceitar novos
deveres. Não têm duvidas que tal intenção vem solidificar a união que juraram
em casamento.
Três
anos decorridos, uma enfermeira parteira da vila da Golegã é chamada de urgência
à aldeia do Pombalinho, mais propriamente ao nº 15 da Rua de Santo António.
Os
noivos Maria Júlia e Felismino Costa.
Tudo a postos e
expectantes, com a roupinha a condizer, para receber o novo membro da família a
quem se acostumaram em chamar de Rui Pedro. Um rapagão que a médica assistente
nas consultas pré-natais opinava, justificado pelo tamanho e o forte bater do
seu coração. Mas na hora tudo mudou o “rapagão” era uma bonita menina
que passou a chamar-se Olga Isabel.
Recordo
com sentimento e o maior respeito este Homem Bom. O Felismino José deixou-nos
fisicamente a 11 de Março de 2009. Repousa em paz no cemitério da sua querida
aldeia natal.
Até amanhã
camarada.
Pombalinho,
Junho de 2022
Nota:
Este
texto teve a colaboração de:
Maria
Emília Pica Sinos – Prima
Natália
da Encarnação – Irmã
Júlia Santana –
Esposa
Na
revisão do texto,
Manuel Gomes –
Amigo e conterrâneo
Visitas Reais à 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐝𝐨 𝐎𝐔𝐓𝐄𝐈𝐑𝐎.
A Quinta do Outeiro tem uma longa história ligada à
produção agrícola, tal como outras suas congéneres que já existiram nesta
fértil região do Ribatejo.
Nas memórias Paroquiais do Pombalinho de 1758 e
noutras publicações ligadas a esta localidade, referências à actividade da
Quinta do Outeiro dão-nos conta da real importância agrícola que teve desde o
século XVI, quando foi sua proprietária, Dona Anna de Atayde, esposa de
Henrique de Portugal, comendador de Santa Maria de Pernes.
Porventura por motivos complementares à sua principal
actividade e situação geográfica foi, a 𝐐𝐮𝐢𝐧𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐎𝐮𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨, objecto de uma visita Real a propósito de uma tourada realizada no Páteo
do Neto, no Pombalinho, em que esteve presente D. Miguel de Bragança. Noticiou
assim o acontecimento o jornal Correio do Ribatejo, de 17-Dez-1966, pela
escrita do Morgado do Almonda :
"𝑂 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑖𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟 𝐷𝑜𝑚 João 𝑉𝐼 𝑣𝑒𝑖𝑜 𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑎𝑐̧𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑏𝑜𝑠 𝑎̀ 𝑐ℎ𝑎𝑟𝑛𝑒𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑙𝑚𝑖𝑒𝑖𝑟𝑜, 𝑒𝑚 29 𝑑𝑒 𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 1824, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑒𝑢 𝑓𝑎𝑙𝑒𝑖 𝑎𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑜𝑟 𝑒𝑚 𝑆𝑎𝑙𝑣𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑔𝑜𝑠. 𝑉𝑒𝑖𝑜 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑜 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑜𝑟 𝐼𝑛𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐷. 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑒 𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝐼𝑛𝑓𝑎𝑛𝑡𝑎𝑠 𝐷. 𝐼𝑠𝑎𝑏𝑒𝑙 𝑀𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑒 𝐷. 𝐴𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑒𝑠𝑢𝑠 𝑀𝑎𝑟𝑖𝑎. 𝑆𝑢𝑎 𝑀𝑎𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑒 𝑒 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑗𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑑𝑖𝑎 𝑛𝑎 𝑸𝒖𝒊𝒏𝒕𝒂 𝒅𝒐 𝑶𝒖𝒕𝒆𝒊𝒓𝒐, 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑑𝑎𝑙𝑖 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟𝑒́𝑚. 𝑂 𝑠𝑒𝑛ℎ𝑜𝑟 𝐷. 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑓𝑜𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑃𝑜𝑚𝑏𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑜, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎𝑑𝑎 𝐷. 𝑅𝑖𝑡𝑎, 𝑎𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑗𝑎𝑛𝑡𝑜𝑢. 𝐸́, 𝑗𝑎́ 𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒, 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑡𝑜𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑟𝑐ℎ𝑜𝑡𝑒𝑠, 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑛𝑠 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑜𝑠, 𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑢𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑜𝑖𝑠".
Também no livro "História do Toureio em
Portugal" de António Rodovalho Duro, edição de 1907, a 𝐐𝐮𝐢𝐧𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐎𝐮𝐭𝐞𝐢𝐫𝐨 é referenciada no " capítulo" dedicado ao Pombalinho, nas
páginas 197 e 198. Narrou assim o autor :
"𝐴𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑃𝑜𝑚𝑏𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑜, 𝑝𝑟𝑜́𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟𝑒́𝑚, 𝑡𝑒̂𝑚 - 𝑠𝑒 𝑒𝑓𝑒𝑐𝑡𝑢𝑎𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑛𝑢𝑚 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑜 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑜 𝑒𝑚 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑎𝑏𝑒𝑔𝑜𝑎𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝐵𝑎𝑟𝑜̃𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑚𝑒𝑖𝑟𝑖𝑚 𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑡𝑖𝑡𝑢𝑙𝑎𝑟𝑒𝑠, 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑎𝑐ℎ𝑎 𝑒𝑚 𝑟𝑢𝑖́𝑛𝑎𝑠. 𝑁𝑢𝑚 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑡𝑒𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖́𝑔𝑢𝑜 𝑎𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟, ℎ𝑜𝑢𝑣𝑒 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚 𝑏𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠, 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝐷. 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑝𝑖𝑐𝑜𝑢 𝑎 𝑐𝑎𝑣𝑎𝑙𝑜. 𝐹𝑜𝑖 𝑠𝑒𝑛𝑠𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛a𝑙 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑐𝑡𝑢𝑟𝑛𝑎, 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑜𝑢 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑎 𝑎𝑟𝑐ℎ𝑜𝑡𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑐̧𝑎.
𝑂 𝑞𝑢𝑒, 𝑝𝑜𝑟𝑒́𝑚, 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑢𝑟𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑑𝑒𝑢 𝑛𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑓𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑡a𝑢𝑟𝑖𝑛𝑎 𝑓𝑜𝑖 𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑏𝑟𝑎𝑣𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑧𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐ℎ𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑒𝑠𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑡𝑜𝑢𝑟𝑒𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑎 𝑐𝑎𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑒 𝑎 𝑝𝑒́ 𝑝𝑜𝑟 𝐷. 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑒 𝑎𝑚𝑖𝑔𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝐵𝑎𝑟𝑜̃𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑚𝑒𝑖𝑟𝑖𝑚.
𝑁𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝐶𝑎𝑟𝑞𝑢𝑒𝑖𝑗𝑜𝑠 𝑑𝑒𝑟𝑎𝑚-𝑠𝑒 𝑡𝑜𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑸𝒖𝒊𝒏𝒕𝒂 𝒅𝒐 𝑶𝒖𝒕𝒆𝒊𝒓𝒐, 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑚𝑏𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑜, 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑡𝑎𝑚𝑏𝑒́𝑚 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑢 𝐷. 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝐵𝑟𝑎𝑔𝑎𝑛𝑐̧𝑎. 𝑃𝑒𝑙𝑎𝑠 𝐹𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝐸𝑠𝑝𝑖́𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑡𝑒𝑚 ℎ𝑎𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑠𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑃𝑜𝑚𝑏𝑎𝑙𝑖𝑛ℎ𝑜. "
Creio que o conhecimento e divulgação destes dois
acontecimentos, na figura de D. Miguel de Bragança, da Quinta do Outeiro (ainda
hoje em plena actividade) e em tudo o que a eles está relacionado nesta
publicação, contribuirá concerteza para o enriquecimento da história cultural
do Pombalinho de forma a mantê-la cada vez mais viva a nível geracional. A
comunidade pombalinhense assim o merece.
Foto-QuintaOuteiro - https://www.facebook.com/outeiroquinta
MGomes