Desde que o
aproveitamento em grande escala das suas águas para produção de energia
hidroeléctrica tomou conta do rio Tejo e transformou os recursos naturais do
seu caudal em fonte de necessidades económicas de cada região por onde passa,
que as condições climatéricas em época de invernia já não são naturalmente
suficientes para provocar o alagamento dos campos adjacentes ao seu percurso,
na forma das tradicionais cheias que todos bem conhecemos nesta zona do
Ribatejo. No entanto, podemos sempre recorrer a registos fotográficos
felizmente ainda existentes, como estes que aqui publicamos, da autoria
presumida de Francisco Maria Borges e relativos a uma dessas cheias que atingiu
o Pombalinho provavelmente no ano de 1959.
O nível da água da cheia, bem dentro da rua
Barão de Almeirim e defronte da antiga casa Farol.
O recurso ao tradicional barco, comandado a remos e à vara, era o
mais utilizado nas deslocações de pessoas e bens em zonas alagadas pela cheia.
Também haviam momentos de pura distracção como este protagonizado
pelo Victor Reis e sua mãe, Olímpia Borges.
Belissíma
imagem de grande representatividade dos níveis atingidos pelas águas do Tejo
nesse ano de 1959.
Outra
imagem bem demonstrativa da utilidade que estas embarcações tiveram em
situações de cheias no interior do Pombalinho.
As
cheias também eram sinónimo de divertimento para as crianças e quem podia,
sempre aproveitava as oportunidades de ficarem registados para a
posterioridade! Neste barco em águas calmas, reconhecem-se o Victor Reis e a
Teresa.
Colaboração fotográfica de Victor
Reis