16 outubro 2010

Barões de Almeirim





Os Barões de Almeirim exerceram ao longo de muitos anos uma enorme influência social no Pombalinho. Possuidores que foram de imensas terras agrícolas, como as da Quinta da Melhorada, Quinta do Outeiro, Mouchão da Velha, Mouchão Inglês e Tapada do Secretariado, a sustentabilidade do emprego de muita gente passava inevitavelmente pela "quinta da baronesa", como nós, os de gerações mais recentes, ouvíamos chamar com alguma frequência, àquela que chegou a ser uma das mais importantes casas agrícolas da região.

Desde o 1º barão de Almeirim que a familia Braamcamp Freire , ao Pombalinho ficou ligada. Ao longo de várias gerações muitos dos elementos desta família por esta terra passaram, viveram e até nasceram, como foi o caso das quatro filhas do 4º barão de Almeirim, Carlos Braamcamp Freire. E foi justamente umas das suas filhas, Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire, que gerindo e dando continuidade à Casa Agrícola Barão de Almeirim, a manteve em actividade até aos tempos mais recentes.


De facto, nenhuma vontade de historiar do Pombalinho poderá ser feita sem referenciar a inevitabilidade desta ligação secular que houve entre a familia Braamcamp Freire e o Pombalinho.







E foi pensando assim que criamos o espaço on-line http://baroes-almeirim.blogspot.com/ . Com a informação disponível, condensamos cronologicamente membros da família Braamcamp Freire com ligações ao Pombalinho, assim como, alguns seus descendentes directos.









De realçar também um outro espaço, acessível a partir do blog "Barões de Almeirim" e ao qual atribuímos o nome de "Fotos com Memórias". É todo ele composto de fotografias amávelmente cedidas pela escritora, jornalista da SIC e neta de Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire, Sofia Pinto Coelho e constitui uma maravilhosa viagem ao Pombalinho de outros tempos!


Fotografia retirada de "Fotos com Memórias"







06 outubro 2010

Tabernas




    Taberna do Diamantino Costa no ano de 1977/78. Reconhecem-se Júlio "Mosca", Diamantino Costa, João "da Guilhermina", Deolinda Borges e João Bernardino.







    Taberna do Gabriel na década de 1970. Reconhecem-se, Manuel Ramos, Manuel Cavaco, José Cachado, Nicolau Mogas, António da Piedade, João Serra e Gabriel Joaquim.



    As tabernas não eram só lugares frequentados por quem procurava saciar a sede à volta de uns bons copos de vinho. Eram locais também onde muitos se encontravam depois de terminado mais um árduo dia de trabalho.
    Nas tabernas criavam-se ambientes propícios à conversa. Os mais diversos problemas que afectavam a vida de quem dela fazia uma luta do quotidiano, eram discutidos e julgados por quem se achasse capaz de fazer prevalecer as suas ideias. A situação do país, a rigidez nas relações de trabalho ou até mesmo pequenos desaguisados que sempre acontecem em qualquer comunidade, entravam com toda a naturalidade na lista dos temas mais recorrentes.

    Entre uns copos de vinho com um bocado de "conduto", descarregava-se a dureza da vida e no limite tentava-se esquecer ou mesmo apagar alguns caminhos erradamente trilhados. As amarguras eram desveladas na busca de uma qualquer compensação solidária de entre os presentes, e as alegrias alegremente festejadas à volta de mais uma rodada de vinho. Por fim, já depois do corpo ter dado sinais de divórcio com o cansaço e o espirito ganho para mais um dia de trabalho, tinha chegado a hora da despedida! Lembremo-nos a propósito, do Chico Bispo, do Diamantino Costa, do Zé Guilherme, do Chico Minderico, do Manuel Gregório, do Hermínio Minderico, do Zé Narciso, do Chico Pardal, do Gabriel Joaquim, do Manuel Frade ou do Rui Borges. Eram assim as tabernas! Alternativas ou simplesmente refúgios, ao caminho directo entre a rudeza dos campos do Pombalinho e a rotina do lar.



    Colaboração fotográfica de Victor Costa e Júlio Gabriel
    Pesquisa de Bruno Cruz
    Texto de Manuel Gomes