21 dezembro 2009

Natal 2009 !!!

Natal_2009


Desejo a todos os meus amigos e/ou visitantes deste espaço, Feliz Natal e um próspero Ano Novo!


17 dezembro 2009

Casamentos X !


Visualizar fotografias de casamentos pode ser um exercício nostálgico de profunda contemplação! É  uma viagem a tempos irremediávelmente distantes mas sempre fica a agradável sensação de nela reencontrarmos, familiares, amigos de infância, e outros de quem já muito vagamente nos lembravamos! Exclamações, "Como o tempo passa!!!" ou " como éramos diferentes!!!" , são reacções naturais de quem mal dá pela instantaneidade da vida!


Mas é nestas fotos colectivas que constatamos bem os efeitos do percurso calado do tempo! Pelas roupas que usávamos, pelo ar adolescente que pairava na maioria dos presentes, pela jovialidade presente em cada gesto e em cada rosto, tudo já está naturalmente longínquo! Por isso é que nos congratulamos na partilha com todos os que por este espaço passam, sempre que nos oferecem um bilhete para uma dessas viagens tão especiais, como é o caso da protagonizada pelo Miguel e pela Gena em 25 de Novembro de 1973.





Nesse dia de festa, o acompanhamento dos noivos até à igreja foi tradicionalmente cumprido pelos convidados! Esta foto foi registada na rua Carolina Infante da Câmara, reconhecendo-se da esquerda para a direita, António Duarte, José Fagundo, Alexandre, Hermínio Feijão, António Carlos, Manuel Miguel, João Melão, Manuel Gomes, António Costa, Miguel (noivo) , Maria Júlia, Júlia Bento, Acácio, Fernanda, Manuela, Cila Gomes, Bisita, Lurdes, Gracinda, Isabel, Lena Melão, Cila Dias, Luísa, Constância, Francisca Nunes, Lena Bogalho, Gena (noiva), Maria de Jesus e Gracinda Vieira.








Depois da cerimónia religiosa a habitual fotografia de "família"com os noivos Gena e Miguel da Costa!






Fotografias gentilmente cedidas por Miguel da Costa
Colaboração de Bruno Cruz





15 dezembro 2009

Retratos XV !





Francisco Minderico.
Foto tirada presumivelmente no pátio da casa agrícola de João Canavarro!


  


Colaboração fotográfica de Paulo Grais.




09 dezembro 2009

Poda de oliveiras!


A poda, requer(ia) da parte de quem a executa(ava), muita experiência e particular sabedoria! No desempenho desta actividade agrícola, que consiste essencialmente no desbaste dos ramos inúteis da respectiva árvore para que esta tenha um boa produção no ano seguinte, existiam há uns anos atrás e para o caso específico da oliveira, trabalhadores devidamente "certificados" pelo Ministério da Economia!





A emissão do Cartão Profissional de Podadores de Oliveiras, como é o caso deste exemplar em nome de Manuel Duarte Grais, era validado pela Direcção Geral dos Serviços Agrícolas e servia porventura de garantia ao trabalho realizado, credenciando estes trabalhadores perante as entidades patronais que os contratavam. Hoje, claro, a realidade é inexorávelmente outra .









No verso do cartão, constavam algumas das regras que os profissionais "Podadores de Oliveiras", deveriam de respeitar e cumprir.
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Outros links sobre o tema, A lenha + As vides + Adeus oliveiras




Documento gentilmente cedido por Paulo Grais.








02 dezembro 2009

Retratos XIV !





Ponte de Fernão Leite. Ano de 1972. Da esquerda para a direita, António Carlos, João Correia, Américo Ferreira, José Martinho e Manuel Gomes.








21 novembro 2009

D. Miguel de Castro!





Arcebispo D. Miguel de Castro (1536 - 1625)


D. Miguel de Castro foi bispo de Viseu (1579-1586), arcebispo de Lisboa (1586-1625) e vice-rei de Portugal. Doutorou-se em Teologia na cidade de Coimbra e foi nomeado inquisidor do Santo Ofício em 1556. Traduziu o catecismo do papa Pio V. Exerceu altas funções durante o domínio filipino, sendo um dos governadores do Reino em 1593. ...mais


A História fez com que D. Miguel de Castro tivesse contribuído de uma forma indelével para o que é hoje a realidade do Pombalinho! Não por uma qualquer visita de carácter religioso ou outra efectuada no desempenho das suas funções mas por algo de mais importante que ocorreu em 13 de Julho de 1606! Com efeito, foi este eclesiástico eborense que oficializou nesta data a desanexação do Pombal, como era então designado o Pombalinho. Por sua provisão, esta terra ficou com total independência em relação à freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Almonda do lugar de Azinhaga, conforme está referido nas "Memórias Paroquiais" de 5 de Abril de 1758, da autoria do Cura António Lopes e documento do Arquivo Distrital de Santarém.




















Foto do Arquivo Municipal de Lisboa.







17 novembro 2009

Retratos XIII !




Não temos qualquer referência alusiva a esta fotografia! Nem a data em que foi tirada, nem o motivo que levou este grupo de pombalinhenses a posarem para a luzinha milagrosa do retratista! Mas o merecimento da sua publicação, nunca esteve em causa! Por isso, proponho-vos que façamos um exercício de viajantes no tempo! Recuemos umas décadas e imaginemos as razões que levaram esta gente a posarem despreocupadamente desta maneira, ladeados por dois magalas!!! Difícil, não é? Pois!!! Mesmo assim, identifiquemos alguns deles, bem nossos conhecidos: Joaquim Felisberto, Manuel Bispo, Rui Borges, Guilherme Afonso, Manuel Braga, Gabriel Joaquim, Francisco Duarte, Manuel Barros (pai) e os "magalas" José Martins Asseiceira e Joaquim Maria Santos Légua, respectivamente à esquerda e à direita da fotografia, segundo a optica do observador.




Colaboração fotográfica – Víctor Reis




10 novembro 2009

Festas em 1976 !




Grandes Festas no Pombalinho em 1976.









Nestas Festas, as receitas apuradas reverteriam totalmente para a compra de uma ambulância Peugeot 504.























































































































































































Como noutras então realizadas, nestas Festas de 1976 também marcou presença o timbre solidário da população! Quando está em causa o bem comunitário, os pombalinhenses sempre têm correspondido a esses meritosos objectivos, participando por exemplo em ofertas para leilão das nossas bem conhecidas fogaças! E nesse ano assim aconteceu! Um grupo de jovens "Fogaceiras" em cumprimento da tradição, deram com toda a certeza, mais vida ao Pombalinho e ás suas gentes. 




Pesquisa de Bruno Cruz
Fotos de Pedro Menezes



02 novembro 2009

Alfaiatarias I


Em tempos ainda anteriores à moda do "pronto a vestir", as alfaiatarias ocupavam um lugar de relevo no tecido social da nossa terra. Para além da mão de obra que empregavam, em conjunto com outras actividades similares, prestavam um conjunto de serviços à população que em muito contribuíam para a necessária vitalidade do Pombalinho. Porém, e fruto de uma dinâmica "desenvolvimentista" então implementada, estas pequenas empresas "familiares" foram desaparecendo progressivamente, dando lugar a mercados deslocalizados, modernos e mais agressivos em termos de consumo! Hoje, basta-nos memorizar o número de tamanho do casaco e das calças que vestimos e em qualquer altura estamos aperaltados para o momento mais exigente!! Mas apesar de tudo e dos ventos soprarem contrários à vida de quem fez da profissão uma arte, ainda há quem resista à modernidade dos tempos! ...




Francisco Cruz, João Brás e Ângelo Ferreira nas traseiras da antiga alfaiataria, na Rua Barão de Almeirim, Nº102.



... E um dos alfaiates que percorreu profissionalmente essa época dos fatos cortados por medida e provados antes da entrega final ao cliente, é o nosso conhecido Ângelo Ferreira. Ele nasceu em 09 de Setembro de 1929 na localidade de S. Vicente do Paúl . Aprendeu o ofício dos 14 aos 17 anos com um alfaiate da sua terra natal, chamado Joaquim Mendes, mais conhecido entre os pombalinhenses por Joaquim Alfaiate , que teve no Pombalinho alfaiatarias na rua e Sto António, na rua Barão de Almeirim e rua António Eugénio de Menezes.

Ângelo Ferreira depois de aprender o ofício (tendo de para o efeito, pagar a quantia acordada de 500$00) estabeleceu-se na Quinta da Requeixada no ano de 1947, justificando a procura de um alfaiate que ali se fazia sentir.





Mais tarde regressou ao Pombalinho onde desempenhou a sua função no ano de 1948 a 1952, no número 96 da rua Barão de Almeirim, de Dezembro de 1952 a 1955, no número 22 da rua 1º de Dezembro, de 1955 a 1965, ...







... no número 30 também da rua 1º de Dezembro (onde criou uma espécie de "Casa do Benfica" na qual se poderia acompanhar as últimas notícias desportivas pela leitura do saudoso "O Mundo Desportivo")







... e finalmente de Dezembro de 1965 a 1980,







... em sociedade com João Brás, no número 102 da rua Barão de Almeirim.












Hoje tem uma pequena "oficina"...









... onde faz pequenos trabalhos de ambito familiar...










... ainda com a sua primeira máquina de costura Huskwarna, adquirida em 1947!



Por fim e num texto da sua autoria, intitulado "Barbearias e Alfaiatarias", Guilherme Afonso retrata-nos como sempre uma interessante descrição da época, sobre os alfaiates e toda a sua envolvência social no Pombalinho. Escreve ele então, a determinada altura:

“….Quanto a alfaiates, eu ainda sou dum tempo em que não havia nenhum estabelecido no, eu ainda sou dum tempo em que não havia nenhum estabelecido no Pombalinho. Vinha um alfaiate de São Vicente do Paul, o Joaquim Alfaiate (nunca o conheci por outro nome) arranjar clientes ao Pombalinho e, pelos vistos, dava bem conta do recado. E havia para isso duas boa razões. Eram elas, por um lado, que os alfaiates, por aqueles tempos e naqueles meios, só faziam fatos para homens e, por outro, que a maior parte dos homens não mandava fazer mais que dois fatos durante a sua vida, o primeiro para estrear no dia da inspecção para o serviço militar (onde teria que despi-lo, assim como ao resto da roupa), e o segundo para estrear no dia do casamento.
Um fato completo era, e é, composto por três peças, calças, casaco e colete, mas o colete usava-se muito pouco, pelo que a maior parte o não mandava fazer. Sempre ficava mais barato. E, por falar em custos, não será despiciendo lembrar que, desses dois fatos apenas que a maior parte mandava fazer ao longo da vida, um deles, o da inspecção militar, para um ou outro com maiores dificuldades tinha de ficar-se por um fatinho de cotim.”

*Para leitura completa do texto clique aqui


Pesquisa e fotos de Bruno Cruz
Colaboração de Ângelo Ferreira
Texto de Manuel Gomes





27 outubro 2009

Touradas no Pombalinho!






Ao que consta, D. Miguel foi o único soberano português que marcou presença em terras do Pombalinho numa visita que fez em 29 de Janeiro de 1824. Existem notícias de jornais que relatam pormenorizadamente o acontecimento dessa sua passagem pela nossa terra. De facto e segundo as crónicas, D. Miguel num acto de muita valentia, pegou um touro que perigosamente se preparava para atingir o cavaleiro Cambaça, durante uma tourada nocturna realizada no Pátio do Neto que o próprio promoveu!

Do Pombalinho seguiria mais tarde para Alpiarça onde patrocinou outra largada de touros em pleno ambiente de luta entre absolutistas e liberais. Da sua personalidade e da influência que acabou por transmitir ao espectáculo da lide dos touros, pouco se sabe! Por isso, para nós Pombalinhenses, faz algum sentido conhecermos esta faceta do rei D. Miguel, por via deste excelente texto escrito no blogue "desafiodealmeirim". Pode ler-se, então, a "páginas tantas" que :


"...D. Miguel tem um papel determinante na restauração das corridas de toiros em Portugal e também como iniciador de uma nova forma de seleccionar e criar toiros bravos. É a ele que se deve toda a moderna evolução tauromáquica nacional, que nos distingue de Espanha e que origina o mais popular dos espectáculos nacionais até meados do século XX...."

Para texto integral, clique aqui 








O Pombalinho, a exemplo de outras localidades situadas geográficamente no centro do Ribatejo, sofreu as inevitáveis influências da festa brava! Criadores do denominado gado bravo, fizeram da lezíria um dos seus polos de apuramento e desenvolvimento da raça com características especiais para o toureio. No Pombalinho, por ocasião dos festejos do seu santo padroeiro, constavam nos respectivos programas os tradicionias "festivais taurinos", aos quais a população pombalinhense aderia com níveis de participação, segundo relatos da época, muito significativos. Ainda não há muitos anos, a realização das vulgarmente chamadas picarias , tinham lugar com alguma regularidade no Pombalinho. 

Um dos locais frequentemente escolhidos era a rua Carolina Infante da Câmara, como documenta esta fotografia referente à festa anual realizada no Pombalinho no dia 3 de Agosto de 1942. O acontecimento teve lugar pelas 18 horas e foi assim deste modo, publicitado no respectivo prospecto : "Imponente festa tauromáquica. Serão largadas para divertimento público 4 bravíssimas e corpulentas vacas, generosamente cedidas pelo afamado ganadero Sr. Marquês de Rio Maior."
Hoje a realidade é outra! As consciências ditam outros caminhos! E este que era considerado dos espéctaculos com maior projecção a nível nacional, tende a ficar inelutávelmente ligado para sempre às páginas da história!


Foto rei D. Miguel - Google

Foto rua Carolina Infante da Câmara - gentilmente cedida por António Carlos Menezes 







19 outubro 2009

A vindima e o vinho!


A vindima de outros tempos mobilizava homens e mulheres que especialmente constituídos em ranchos executavam este trabalho, de caraterísticas sazonal, normalmente no fim das colheitas de Verão. No Pombalinho existiam vinhas que se diferenciavam  basicamente pela sua extensão. As de maior dimensão que pertenciam às casas agrícolas e as de tipo familiar. Nestas, naturalmente produções menores, as vindimas eram feitas pelas pessoas mais chegadas aos donos (normalmente familiares e pessoas amigas) e a simples participação destes na vindima traduzia-se em gestos considerados de "boa vizinhança", propiciando um clima de grande cordialidade entre todos os intervenientes.





Deste registo fotográfico, cedido gentilmente por Ema Minderico, recordamos uma dessas vindimas realizada num local denominado por Urtigas, no ano de 1954. Reconhecem-se o António Simões a receber o cesto de uvas levado por Adelina Amialeira, Adelina Presume e sua irmã (de chapéu de sol), Luís Balas do Reguengo do Alviela e o jovem Rogério Tereso.






A vindima não se podia considerar, em comparação com outros trabalhos agrícolas, uma actividade pesada e árdua, mas exigia comprovadamente de todos uma grande aplicação e por vezes alguma destreza no desempenho de algumas tarefas inerentes ao trabalho que a envolvia. Esta foto, gentilmente cedida por Pedro Menezes, exemplifica bem esses atributos que os trabalhadores tinham necessáriamente de exibir! Das dornas, homens com cestos às costas transportam as uvas para o lagar a fim de serem pisadas e o respectivo mosto obtido, transformado mais tarde em vinho.












Como noutras áreas agrícolas, também a vindima sofreu ao longo dos últimos anos, naturais e significativos desenvolvimentos. Fruto dos tempos, a implementação de novos utensílios e a modernização dos meios de transporte tornaram-se imprescindíveis para a qualificação da mão de obra e na criação de outros dinamismos mais adequados a padrões de qualidade que a actividade exigia.

Exemplo disso foram as tradicionais cestas e cestos de verga, utilizados durante largos anos, que deram lugar a outros fabricados em chapa zincada e mais recentemente em plástico, esse material que veio revolucionar por completo toda a economia e neste particular a agricultura








Na própria concepção da vinha, também ela sofreu uma forte mudança. O crescimento e o desenvolvimento das cepas deixaram de ser desordenados. As novas vinhas foram estruturadas com cepas devidamente aramadas e alinhadas entre carreiras, a uma distância suficiente para permitirem a entrada de máquinas de forma a substituir grande parte do trabalho manual pelo mecanizado!








No transporte das uvas para a adega, as tradicionais dornas transportadas em vagarosos carros de bois, “passaram à memória” pelo aparecimento das tinas metálicas. A construção destes novos recipientes foi optimizada às dimensões dos reboques e preparados para serem accionados na adega por mono rail suspenso, de forma a serem descarregados no lagar de uma forma rápida e sem grande recurso ao esforço humano!











Hoje, praticamente em todas as adegas já se utilizam novas tecnologias para o fabrico do vinho. Longe vão os tempos das demoradas "pisas" de calças arregaçadas, à volta de um saudoso convívio que este trabalho em grupo sempre propiciava!