27 julho 2010

Trabalhos de ontem II





Uma das actividades agrícolas que foi grande empregadora de mão de obra feminina, era a ceifa de cereais. O rancho normalmente constituído por três ou quatro homens, completava-se em quantidade, pelo triplo ou quádruplo de mulheres.

Os homens de gadanha em punho cortavam a palha dos cereais, que depois a um ritmo de trabalho que não desse lugar a demoras ou embaraços, passavam às mulheres a àrdua tarefa de fazerem os molhos para depois mais tarde serem transportados para a eira mais próxima.

Era um trabalho duro para as mulheres, como os demais executados no campo, mas este com a particularidade de ser todo ele feito à custa do esforço manual e em condições climatéricas por vezes dificilmente suportadas.


Também por estes tempos, as debulhadoras e as enfardadeiras mecânicas que viriam a revolucionar por completo a colheita dos cereais, ainda não tinham chegado aos campos agrícolas do Pombalinho!


Colaboração fotográfica – Miguel Costa
Pesquisa – Bruno Cruz



22 julho 2010

Altar para a Igreja!


A propósito dos grandiosos festejos que se realizaram em Pombalinho no ano de 1919 e aos quais já aqui fizemos referência , existe um simbólico documento que pelo seu significado, justifica que dele tomemos conhecimento, pois configura uma vontade manifestada de toda a comunidade católica do Pombalinho na aquisição de um altar para a igreja Paroquial!


 Foi subscrito por uma comissão, formada para o efeito, que se propôs a realizar uma "quermesse" na Alverca de Fernão Leite e utilizar o seu produto para o fim em vista!











Colaboração documental - Joaquim MB Mateiro



17 julho 2010

Classes da Escola Primária!





Fotografias de classes da Escola Primária do Pombalinho (hoje Escola Básica) é um tema em permanente actualização! A sua visualização encaminha-nos para tempos da nossa mais pura e singela juventude!Iniciava-se o primeiro ciclo escolar e com ele a elementar aprendizagem que nos conduzia a outros voos, quer para níveis de ensino superiores, quer na escolha mais tarde de uma profissão justificadamente qualificada.

Hoje inserimos no blog criado para o efeito [ Escola do Pombalinho mais duas classes. Uma referente ao ano lectivo de 1984/85 e outra de 1985/86.

Para consulta das classes que frequentaram a Escola Nova clique AQUI

Para consulta das classes que frequentaram a Escola Velha clique AQUI



Colaboração de Miguel Costa e Bruno Cruz






11 julho 2010

Retratos XVIII !







Um grupo de "pombalinhenses", numa pausa que fizeram durante as obras de restauro de uma habitação! Estávamos por volta dos anos quarenta do século passado. 
Da esquerda para a direita, Duarte Cruz, Abel Júlio, Francisco Duarte, João Barbeiro e Manuel Bacalhau.


Colaboração de Mª Luísa Narciso e Bruno Cruz




05 julho 2010

Férias no Pombalinho!





"Suponho que teria de ser assim. Só voltei a Águas Belas vinte e cinco anos depois de pela última vez ter atravessado o portão da casa que o meu avô mandara edificar, na década de 1920, com o dinheiro ganho na exportação de madeiras.


… Depois de um momento de alguma emoção, passado debaixo de uma laranjeira, entrei na velha casa. As salas parecerem-me mais pequenas do que a memória registara. Mas, apesar de o fogão a lenha, o ferro a brasas e a gaiola com víveres terem desaparecido, o cheiro era o mesmo. E a máquina de coser Singer, a mesa dos engomados e as flores pintadas a óleo pela tia Maria tinham escapado ao zelo modernizador dos descendentes.







… Em 1962, as férias grandes foram passadas em casa de uns amigos espanhóis descobertos num campo de pólo em Inglaterra. No ano seguinte, casava. Águas Belas iria ser substituída por outra aldeia, situada um pouco abaixo. Paradoxalmente, aquilo de que agora precisava era de solidão. E essa havia-a, em abundância, no casarão do Pombalinho. Entre os meus dois filhos, suficientemente tenros para adorarem o campo , entretive-me a ler a correspondência, terna e pragmática, que Manuel Freire, o primeiro barão de Almeirim, enviara a sua mulher, Luísa Braamcamp, irmã do futuro líder do Partido Progressista. Mas não foi isto o que de mais importante ali aconteceu. Pela primeira vez, tive oportunidade de reflectir a sério sobre o que queria da vida.


… Na semana passada, decidi voltar à região. Não ia em busca de raízes, espalhadas entre Felgueiras e as Caldas, o Pombalinho e Londres, Lisboa e Oxford. Ia como turista, de "Nikes" nos pés e máquina fotográfica na mão. Embora pouco familiarizada com o IP, consegui chegar a Santarém. Ainda hesitei em ir ao Pombalinho . Mas, morta a Evangelina, retirados os móveis, crescidos os filhos, a deslocação não fazia sentido. Fui visitar antes o Museu Braamcamp Freire, o palácio pertencente ao par do Reino que, em 1907, num ataque de fúria com D. Carlos, decidira aderir ao Partido Republicano. Este filho dos donos do Pombalinho morreria sem deixar descendentes, estipulando, no testamento, que a casa deveria ser transformada em museu. "


Excerto do capítulo, Na terra dos meus avós, retirado do livro "Passaporte" da autoria de Maria Filomena Mónica.

Nota - Maria Filomena Mónica esteve casada com Carlos Braamcamp Freire Pinto Coelho, filho de Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire e neto de Carlos Braamcamp Freire, 4º barão de Almeirim. 
Excerto do capítulo, Na terra dos meus avós, retirado do livro "Passaporte" da autoria de Maria Filomena Mónica.


Nota - Maria Filomena Mónica esteve casada com Carlos Braamcamp Freire Pinto Coelho, filho de Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire e neto de Carlos Braamcamp Freire, 4º barão de Almeirim.