12 dezembro 2006

Corte da verga em 1948!




Como este espaço é feito de memórias, consideravelmente influentes na história do Pombalinho, insere-se com todo o mérito nesta lógica de percurso, a fotografia hoje publicada. 

Nesse longínquo ano de 1948, fábricas de vidro da Marinha Grande compraram nas zonas de percurso dos rios Alviela e Almonda, mais própriamente nas localidades de Reguengo do Alviela, Pombalinho, Alcanhões, São Vicente do Paúl, Pernes e Torres Novas, tudo o que era verga de salgueiro e de vimieiro para o empalhamento de garrafões. Os patrões dessa região considerada, o maior centro da Indústria Vidreira do país, delegaram em Joaquim Saúde ( natural de São Vicente do Paúl mas a residir no Pombalinho juntamente com seus irmãos Ezequiel e Maria Saúde) a contratação de pessoal do Pombalinho para o corte e execução do trabalho nas povoações acima referenciadas.

 Num terreno localizado em Reguengo do Alviela, propriedade de Veríssimo Abadeço e onde parte deste serviço foi executado, podem-se identificar nesta fotografia os que tiveram ao fim de quase sessenta anos, uma inesperada e pública contribuição para a história do Pombalinho, ou se quisermos, para a nossa história. Assim sendo, da esquerda para a direita, Manuel Grais, António Maria Duarte, José Afonso, Joaquim Duarte, Izidoro Duarte, mulher de Verissímo Abadeço, Veríssimo Abadeço e Francisco Cavaco.



Fotografia_Guilherme Afonso
Texto _Guilherme Afonso e Manuel Gomes