24 março 2008

Bateiras!


Depois do Domingo de Páscoa, o dia seguinte entra inevitavelmente na vida de muitos que fizeram das Bateiras um dia de alegre confraternização por esses campos da nossa zona ribatejana.

Para reviver uma vez mais esse dia de tão peculiar significado, passemos por este bonito texto da Teresa Cruz e relembremos algumas fotografias que bem ilustram esses saudáveis ambientes criados à volta das Bateiras.


“Um pouco por todo o País é vulgar realizarem-se piqueniques na Segunda-Feira de Páscoa. Na nossa região, esse costume continua bem vincado e é daquelas tradições que têm conseguido ser transmitidas às gerações mais novas e felizmente, aceites por elas.
Na vizinha Azinhaga, o tradicional piquenique aparece ligado ao arraial da Senhora da Piedade cuja procissão se realiza no Domingo de Páscoa (segundo Augusto do Souto Barreiros – Azinhaga, Livro de Horas).
No Pombalinho, a tradição da Segunda-Feira das Bateiras não parece ter nascido com o mesmo cariz religioso, mas apenas de alegre e salutar convívio. O termo Bateiras parece, segundo alguma tradição oral, derivar da zona campestre onde se efectuaram os primeiros piqueniques e onde a tradição terá nascido. Provavelmente perto do rio Tejo (digo eu, já que “bateira” é um pequeno barco fluvial). Encontremos ou não a verdadeira origem dos festejos, o que importa é que a tradição ainda vai sendo o que era, e não é raro encontrar grupos de jovens ou menos jovens que, na Segunda-Feira de Páscoa (ou até na véspera) partem bem cedo para o campo, em busca do melhor local para se deliciarem com os melhores petiscos que cada um é capaz de preparar (sem micro ondas ou outros que tais, que o petisco sabe melhor preparado no próprio local e temperado com o melhor ar do campo).”

Teresa Cruz 13 Fevereiro de 2007.






José Barreiros, Luís Conceição, Manuel Barros, José Guilherme, Manuel Fonseca, Luís Alcobia, Chico Bento, Júlio Gabriel.








António Lobo e Manuel Bacalhau












Colaboração Fotográfica - Joaquim Mateiro/Maria Luísa Narciso/António Silva.





Nota – Para Blog das Bateiras clicar  AQUI  






08 março 2008

Manuel da Costa Braz


Já aqui falamos de Costa Braz, mas nunca é demais, em circunstâncias que nos pareçam sempre oportunas, referenciá-lo pelo contributo que deu ao país no desempenho de cargos de tão enorme responsabilidade política. O seu carácter de seriedade foi de tal maneira reconhecido por todos os quadrantes políticos da sociedade, que depois de ter ocupado por três vezes o lugar de Ministro Administração Interna , foi eleito pela Assembleia da República, Alto-comissário para a Corrupção e mais tarde Provedor da Justiça.

Devemos pois a Costa Braz, como conterrâneos mas acima de tudo como portugueses, uma enorme dívida de gratidão pela forma exemplarmente cívica como serviu Portugal em momentos de particular responsabilidade para o futuro do país.


Costa Brás

Debate de apresentação do programa do V Governo Constitucional.





Photobucket


Debate de apresentação do programa do V Governo Constitucional. A primeira-ministra, Maria Lourdes Pintasilgo ladeada por Costa Braz e Loureiro dos Santos.





Photobucket

Debate de apresentação do programa do V Governo Constitucional. A primeira-ministra, Maria Lourdes Pintasilgo ladeada por Costa Braz e Loureiro dos Santos.




Costa Bras 4


Estudou em Coimbra no Liceu D João III, onde chegou a acompanhar nas incursões musicais que então fez, António Portugal, Luís Goes e José Afonso.

Participou em reuniões na preparação e elaboração do Programa do MFA que serviu como linha programática à Revolução do 25 de Abril de 1974.

Participou no 1º Governo Provisório como Adjunto Militar do 1º Ministro Palma Carlos.

Foi Embaixador dos Serviços Externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Julho a Dezembro de 1975.

Ministro da Administração Interna dos II e III Governos Provisórios chefiados por Vasco Gonçalves, organizou o Recenseamento Eleitoral e preparou as Eleições para a Assembleia Constituinte ( as primeiras eleições livres em Portugal).

Ministro da Administração Interna do I Governo Constitucional chefiado por Mário Soares em Julho de 1976.

Ministro-adjunto para a Administração Interna do V Governo Constitucional chefiado por Maria Lurdes Pintassilgo.

Alto-comissário para a Corrupção, por nomeação do Governo e depois por eleição da Assembleia da Republica, entre 1983 e 1993.

Provedor da Justiça por nomeação do Presidente da Republica, general Costa Gomes, em Dezembro de 1975.


Administrador da Hidroeléctrica de Cabora Bassa, de 1979 a 1981 e seu Presidente do Conselho de Administração de 1993 a 1999.