16 janeiro 2008

Cheias do Tejo !


Neste inverno que ainda estamos a atravessar e ao invés de outros que já passaram, não houve as habituais cheias que o nosso rio Tejo sempre nos presenteava nesta altura do ano. Em tempos as águas do maior rio português procuravam, em zonas mais baixas das suas margens, lugar para dar vazão ao aumento de caudal em tempo de chuvadas de maior intensidade.

Hoje com as condições climatéricas alteradas e a construção de imensas barragens hidroeléctricas ao longo do seu leito, assiste-se gradualmente a uma ausência nostálgica das cheias do Tejo. Os mais entendidos na matéria, sempre as defenderam quanto à sua acção benéfica de efeitos fertilizantes nas terras alagadas pela passagem das suas àguas nesta zona do Ribatejo!

Salvaguardando aquelas que de níveis mais descontrolados, destruíam alguns afazeres de carácter doméstico, de facto, as terras banhadas por estas àguas, adquiriam uma condição agrícola de excepcionais características. As imensas vinhas que então existiam na nossa terra, raramente exigiam a condição de serem regadas durante todo o verão e os poços existentes nas muitas hortas e terras de cultivo, mantinham níveis de água consideráveis ao longo de todo o ano. Hoje a realidade, infelizmente, é bem diferente!


Em 2006 ocorreram no Pombalinho as últimas cheias , hoje resta-nos esta militância de vontades no reabrir deste tema de modos diferentes, mas que a muitos Pombalinhenses marcou, com toda a certeza, episodicamente as suas vidas!


Cheia 2006


Pombalinhenses em missão de ajuda aos nossos vizinhos de Reguengo de Alviela .

Foto_Correio da Manhã






Cheia que assolou o Pombalinho no ano de 1964, com as mulheres lavando roupa nas tão características "tripeças" e as crianças brincando na água. Momento registado fotograficamente por Guilherme Afonso, na confluência da Rua de Santo António com a Rua Manuel Monteiro Barbosa.