31 julho 2007

Férias 2007!!!


Estou de Férias !!!
Espero voltar, lá para fins de Agosto!!!

A todos, um muito obrigado pela colaboração prestada neste caminho percorrido a favor do Pombalinho!!!





26 julho 2007

Café do Chico Minderico




O Café do Chico Minderico foi durante muitos anos ponto de encontro de várias gerações que por ali passaram e que viam naquele espaço um lugar aprazível e de divertimento para o preenchimento de alguns momentos de lazer.

Era um dos locais do Pombalinho que dispunha de um ambiente acolhedor e espaçoso, permitindo a quem quisesse, no fim de um intenso dia de trabalho, trocar dois dedos de conversa e refrescar a garganta com o que de melhor podia ser servido, os vinhos da região ou a imperial  bem fresquinha que era sempre cuidadosamente tirada em copos previamente refrescados.

Era nos fins-de-semana que os pombalinhenses frequentavam com maior assiduidade este Café de maior movimento da nossa aldeia. Uma azáfama intensa na cozinha anexa e que servia simultaneamente para o dia a dia da família que habitava no primeiro andar do edifício, fazia perder a paciência à Maria Adelaide, sempre que o Chico Minderico lhe gritava do balcão a pedir mais um pires de berbigão ou umas postinhas de peixe frito do rio Tejo, para saciar a exigência de alguns fregueses mais impacientes. Para a memória dos cheiros de todo quantos que por ali passaram nesses domingos quentes de Verão, não mais poderão ter esquecido, concerteza,  o destes dois petiscos que se espalhavam pelos ares das redondezas provenientes deste saudoso café da rua Barão de Almeirim.


Quando apareceram as primeiras televisões no Pombalinho, por volta do início dos anos sessenta, formavam-se autênticas "romarias" em direcção aos Cafés  que as tinham adquirido. No Café do Chico Minderico havia lotação esgotada na sala de entrada, sempre que a RTP transmitia em sinal directo, teatro, touradas, jogos de hóquei em patins, desafios de futebol e sempre que havia alguma final ou jogo decisivo com a participação de  equipas portuguesas. O recurso ao salão maior que serviu mais tarde para a instalação de jogos de snooker, era o recurso inevitável para poder acolher tão grande número de telespectadores. Recordo-me a propósito de ver aí, numas cadeiras improvisadas, uma das muitas finais europeias em que o Benfica brilhantemente participou.





Mas também para as minhas memórias e de outros jovens que ali começaram a contactar a caixinha mágica que veio revolucionar o mundo, não mais esqueceremos a magia do "Feiticeiro de Oz", as aventuras da série "Bonanza", as representações teatrais com participações de Paulo Renato, a energia de Palmira Bastos a dizer que "Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores" na peça “As árvores morrem de pé”, o Neil Armstrong a pisar Lua pela primeira vez ou a brilhante participação de Portugal no Mundial de Futebol em 1966. Anos mais tarde a RTP ousou de entre outros programas, na transmissão das corridas de Fórmula 1. Era um espectáculo televisivo e desportivo com diminuto poder de captação entre os telespectadores do Pombalinho, éramos mais ligados ao ciclismo, futebol, hóquei patins e outras modalidades mais massificadas, mas havia sempre um telespectador que marcava presença bem junto ao televisor de forma a poder acompanhar atentamente os comentários feitos pelos jornalistas! Era ele Francisco Presume. Decerto um grande apaixonado pelos carros e pela prova maior do desporto automóvel.

Mas este lugar frequentado pelos Pombalinhenses, não se limitava só aquela imagem muito comum na maioria destes estabelecimentos em que o grande movimento sempre se iniciava a partir e em redor do balcão. Como devem estar recordados, o espaço interior proporcionava outras mais  actividades lúdicas tão do agrado da várias gerações que por ali passaram. Havia a sala maior  destinada aos jogos de cartas, damas e mais tarde bilhar, depois uma outra de dimensões mais reduzidas, onde estavam instalados dois jogos de matraquilhos e uma mesa de ténis de mesa e ainda mais ao fundo do casario, uma outra destinada ao jogo da malha, vulgarmente conhecido por chinquilho. A fazer ligação a todas elas, um pátio de dimensões rectangulares funcionava igualmente também para os jogos de mesa, mas a sua principal e inesquecível ocupação foi na realização de matinés dançantes e nas transmissões de filmes pelo saudoso Salvador .


Passados alguns anos e por razões naturais da vida, este local tão especial e querido de tantos Pombalinhenses, foi perdendo as características ambientais que foi cimentando ao longo dos tempos. E foi com muita tristeza que vimos desaparecer do Pombalinho um dos Cafés mais emblemáticos para a vida de tantos que por ali passaram na procura de uns breves momentos de convívio e confraternização. Não vivemos de saudades..., é certo, mas a memória, essa, dificilmente a poderemos apagar. 



Para outras ligações relacionadas  clicar  Aqui     e   Aqui 




19 julho 2007

Festas de 1919







Decorria o ano de 1919 e o Pombalinho cumpria mais uma vez, tradicionalmente, a realização dos seus festejos anuais. Desta vez os dias escolhidos foram 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de Julho e o programa para estes seis dias, foi muito preenchido em termos de actividades devidamente apropriadas neste  tipo de acontecimento popular.

No exemplar desse programa acima publicado ressalta, como nota de curiosidade, o facto da organização desta Festa ter escolhido a Alverca de Fernão Leite para ali instalar um pavilhão para venda de sortes da “Kermesse”. Belos tempos, sem dúvida, alegremente vividos num dos locais mais pitorescos do Pombalinho!


Ligação sobre     Altar para a Igreja   a propósito destas mesmas Festas de 1919.





Colaboração_Joaquim Mateiro 








09 julho 2007

Pombalinhense na Guerra Colonial



No Pombalinho muitos foram os jovens que participaram na guerra colonial de África. A partida de quantos tiveram o destino de serem enviados, era sempre difícil, pois representava uma interrupção da convivência familiar da qual nem sempre se sabia o seu desfecho final.




Esta foto tem um significado muito especial para o nosso Amigo e conterrâneo Ezequiel Leal mas também estou certo, de uma importância enorme (a partir deste momento em que por sugestão do próprio a podemos tornar pública) para o Pombalinho! É o registo fotográfico do primeiro Pombalinhense a partir para a guerra colonial em África, mais precisamente no dia 15 de Junho de 1961 !

Está escrito no verso da fotografia, pela mão do próprio: “Embarque de tropas no cais da Rocha no paquete Uíge, com destino a Angola”. Como nota de curiosidade, o "civil" ao lado de Ezequiel Leal é o seu tio Manuel Leal, que não quis deixar de estar presente neste momento da sua despedida.







Esta segunda foto é do desfile da chegada a Luanda da Companhia "Polícia Militar nº 150" ( onde o Ezequiel esteve integrado) e outras tropas desembarcadas do paquete Uíge, em 27 de Junho de 1961.








Este o paquete Uíge , construído no ano de 1954 na Bélgica e de 145 metros de comprimento, em que Ezequiel Leal viajou até terras de África, no cumprimento da sua missão militar em Angola.


Foto daqui

Colaboração de Teresa Cruz e Ezequiel Leal





02 julho 2007

Instrução Primária





As Escolas Primárias estão indubitavelmente ligadas à vida de todos nós. Nem sempre foi assim, mas a partir dos anos cinquenta, rara era a criança que não entrava para a escolaridade obrigatória de modo frequentar os quatro anos da então chamada, Instrução Primária. As instalações reservadas ao acolhimento dos alunos para administração de aulas que serviam de escolas permanentes ao longo de todo o ano lectivo, começaram por ser num Edifício situado na Rua Carolina Infante da Câmara, foi cedido para o efeito pelo Visconde Porto Carrero. Caracteriza-se por uma escadaria exterior de acesso ao piso superior. Chegados aí, entra-se num pequeno hall de entrada, a partir do qual os alunos eram divididos por duas salas conforme fossem do sexo feminino (para sala da direita) ou masculino (para a sala da esquerda). Uns anos volvidos (por volta de mil novecentos e sessenta) e com o aumento do número de alunos a iniciarem-se no ensino primário, houve necessidade de alargar o espaço escolar, recorrendo-se às instalações da Casa do Povo e naturalmente a mais um professor, neste caso a mais uma professora. Aqui, como o espaço era amplo e único, as turmas inexoravelmente tinham de ser mistas, deitando assim por terra, a ideia de ensino apartado sexualmente.






Com o decorrer dos anos o Pombalinho teve finalmente em 1965, direito a um edifício adequado e definitivo para o Ensino Primário. Situa-se na Rua Joaquim Piedade da Silva e é um belo espaço pensado e dedicado aos mais jovens filhos da nossa terra.




Esta foi uma das primeiras classes a utilizar esta infra-estrutura escolar do Pombalinho. Está escrito no seu verso Maria Manuela Narciso Duarte e a data é 09 de Maio de 1966. De entre outras caras bem nossas conhecidas, reconhecem-se Odete Hilário, Lena Bacalhau, Carolina Gandarez, Lurdes Cavaleiro, Lucília Correia, Otelinda, Manuela, Luísa Guilherme, Luísa Galvão, Maria Castelo, Maria José, Ana Maria, Lena Melão, Filomena Braga, Gracinda, Lurdes Leal, Graciete, Luísa Leal, Dália, Ema, etc...