27 fevereiro 2008

Maria José e Verónica Nunes



Falar das professoras do Ensino Primário que marcaram profundamente várias gerações de Pombalinhenses, reveste-se sempre de uma oportunidade imperdível para todos nós e particularmente para este espaço! É claro que essas duas senhoras perdurarão para sempre na memória de quantos passaram pelas suas aulas ministradas na velhinha Escola Primária, tais fortes eram as suas personalidades aplicadas ao ensino. Os tempos eram difíceis, ou se quisermos diferentes, porque nunca poderemos classificá-los fora do contexto da própria vida que se vivia em Portugal nesses longínquos anos do século passado! Naturalmente que entre muitos de nós, haverá porventura algo episodicamente passado em circunstâncias diversas de menor positividade, mas no essencial, estou crente que o trabalho docente desenvolvido pela Verónica Nunes e pela Maria José foi altamente proveitoso para o desenvolvimento social de toda a população do Pombalinho . E a prova disso mesmo, foi o carinho manifestado pelas gentes da nossa terra às duas inesquecíveis professoras, na Festa de Homenagem que lhes prestaram no ano de 1982, como bem ilustram as fotografias aqui publicadas.




Maria Luísa dando início à abertura da cerimónia.








As professoras Maria José e Verónica Nunes acompanhadas pelo Dr Victor Semedo.







Um aspecto do ambiente de fraternidade que envolveu a Festa de Homenagem.








As duas homenageadas na companhia do padre Lage.




Colaboração fotográfica de Mª Luísa Narciso







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19 fevereiro 2008

Entrada de Touros no Pombalinho !



Chegou a este nosso espaço, dois bonitos postais que ilustram uma entrada de touros no Pombalinho pela Rua Barão de Almeirim. O momento de disparo das objectivas nas duas imagens , parece ser o mesmo, no entanto, o ângulo de captação de ambas induz-nos a que sejam registos ligeiramente diferentes! Independentemente da leitura fotográfica que se possa fazer, de facto são mais duas belas referências históricas de muita importância para a nossa terra , nas quais este espaço muito se orgulha de possibilitar a sua visualização a todos os seus visitantes!


















Este postal foi amavelmente cedido por Maria Luísa Narciso e serviu, como se pode testemunhar, para a Comissão agradecer a alguém em particular no apoio que prestou para a realização das Festas em Honra de S Sebastião, nos dias nos dias 31 de Julho, 1 de Agosto e 2 de Agosto de 1948   





09 fevereiro 2008

Vera Cruz Futebol Clube VII






Ao olhar para esta fotografia não posso deixar de me recordar desses tempos maravilhosos que a todos, os que andaram nessas andanças do futebol, marcaram de uma forma muito particular. No Pombalinho vivia-se tempos de ausência da sua equipa de futebol nos campeonatos regulares da então denominada FNAT. Não me lembro de quais as razões, mas de facto a nossa terra ao não integrar essa competição, ficou com menos brilho naquelas tardes de domingo em que fazíamos verdadeiras peregrinações em direcção ao antigo campo das Ónias!
Aquela geração de ouro da qual fizeram parte o Zé Gomes, o Carlos Feijão, o Zé Guilherme, o Ezequiel Leal, o Manuel Barão, o Ezequiel Mateiro, o Zé Leal e tantos outros, tinha chegado ao fim e a sua sucessão possivelmente não foi devidamente preparada de modo dar continuidade à participação do Pombalinho nesses campeonatos regionais de futebol.
Tínhamos vivido a nível nacional, a brilhante participação de Portugal no Mundial de 66 e o entusiasmo sentido era propício a que o futebol fosse tema de empolgação nas vidas de muita gente. Joaquim Meirim, o fenómeno Meirim, tinha tomado conta das paixões futebolísticas e no Pombalinho sentia-se uma vontade enorme de fazer renascer a sua equipa de futebol. O timoneiro dessa aventura foi um homem chamado Heliodoro da Silva Bacalhau, tratado simplesmente por Sevilha, devido à profissão de barbeiro que abraçou assim que chegou do cumprimento do serviço militar por terras de África. A sua barbearia localizada mesmo ao lado do palacete Barão de Almeirim, onde em tempos no mesmo ofício tinha sido de António Barbeiro, era o local de contágio a um conjunto de jovens ávidos em calçar as chuteiras e vestir as camisolas representativas da sua terra. Dos planos à sua concretização foi num ápice e o grupo naturalmente disse presente ao desafio do Sevilha. Os treinos eram sistematicamente ministrados "à Meirim", corridas nocturnas (pois durante o dia era para trabalhar para uns e outros para estudar em Santarém) até ao Chões, passando no regresso pelo Reguengo, Alverca grande e Pombalinho. Depois era banho com água fria na Casa do Povo , porque água aquecida pelo esquentador ainda era considerado um luxo nesses anos setenta do século passado. E pronto, lá estávamos atleticamente preparados para o início do campeonato, não éramos tecnicamente muito habilitados, mas tínhamos uma condição física que causava inveja a outras equipas do nosso grupo.
E esta fotografia, curiosamente vista pela primeira vez por quem escreve estas linhas, ao fim de trinta e seis anos, retrata exactamente o Sevilha tal como ele era nessa sua missão de treinador do glorioso Vera Cruz Futebol Clube..., sorridente em qualquer circunstância e sempre com uma fé inabalável nos seus jogadores.
Resta-me dizer que esta foto só foi possível ser publicada neste espaço, porque o Heliodoro da Silva Bacalhau chamando-me á sua actual barbearia situada na Estrada Real, retirou-a de uma parede onde estava religiosamente pendurada e disse-me: Manel, leva-a, tira uma cópia para ti e traz-ma quando quiseres!
E eu digo-lhe daqui: Muito Obrigado, Sevilha, por me teres possibilitado este pequeno texto, sentido... sobre o nosso Pombalinho!

Para a memória colectiva, de pé e da esquerda para a direita, Heliodoro da Silva Bacalhau “Sevilha”, António Carlos, Alexandre, Coradinho, António Brás, Hermínio Feijão, Manuel Gomes , José Gomes e Carlos Cavaco. De joelhos e pela mesma ordem, José Correia, Carlos Moura, Carlos Melão, Miguel da Costa, António Carlos “Nonin” e Júlio Légua.
Como curiosidade, neste jogo realizado no campo das Ónias a contar para a taça da FNAT, defrontamos o Muge e perdemos por 0-4.






04 fevereiro 2008

Belos Tempos!!!!



As tabernas eram os locais de eleição para o preenchimento dos tempos de lazer de alguns Pombalinhenses. Nestas duas fotografias, datadas da década quarenta do século passado, podemos apreciar como os nossos conterrâneos se apresentavam nesses encontros para uma frutuosa e saudável camaradagem! Bons tempos, ainda dirá alguém de entre os aqui retratados nestes belissimos registos!.




Na Casa Farol, mais conhecida pela "loja do Borges", em frente à entrada da cozinha havia uma zona onde eram servidas as bebidas alcoólicas e outras da mesma natureza. Da esquerda para a direita, Manuel Gomes, Joaquim Melão, Rui Borges, Manuel da Luz, Francisco Duarte, Mãe e sobrinha de Francisco Maria Borges.





No exterior da taberna do Hermínio Minderico situada na Rua Joaquim Gonçalves Ferreira. Da esquerda para a direita, Hermínio Minderico, Manuel Gomes, António Romeu, Joaquim Alfaiate, Francisco Duarte e Manuel Inácio.