27 fevereiro 2008
Maria José e Verónica Nunes
19 fevereiro 2008
Entrada de Touros no Pombalinho !
Chegou a este nosso espaço, dois bonitos postais que
ilustram uma entrada de touros no Pombalinho pela Rua Barão de Almeirim. O
momento de disparo das objectivas nas duas imagens , parece ser o mesmo, no
entanto, o ângulo de captação de ambas induz-nos a que sejam registos
ligeiramente diferentes! Independentemente da leitura fotográfica que se possa
fazer, de facto são mais duas belas referências históricas de muita importância
para a nossa terra , nas quais este espaço muito se orgulha de possibilitar a
sua visualização a todos os seus visitantes!
Este
postal foi amavelmente cedido por Maria Luísa Narciso e serviu, como se pode
testemunhar, para a Comissão agradecer a alguém em particular no apoio que
prestou para a realização das Festas em Honra de S Sebastião, nos dias nos dias 31 de Julho, 1 de
Agosto e 2 de Agosto de 1948
09 fevereiro 2008
Vera Cruz Futebol Clube VII
Aquela geração de ouro da qual fizeram parte o Zé Gomes, o Carlos Feijão, o Zé Guilherme, o Ezequiel Leal, o Manuel Barão, o Ezequiel Mateiro, o Zé Leal e tantos outros, tinha chegado ao fim e a sua sucessão possivelmente não foi devidamente preparada de modo dar continuidade à participação do Pombalinho nesses campeonatos regionais de futebol.
Tínhamos vivido a nível nacional, a brilhante participação de Portugal no Mundial de 66 e o entusiasmo sentido era propício a que o futebol fosse tema de empolgação nas vidas de muita gente. Joaquim Meirim, o fenómeno Meirim, tinha tomado conta das paixões futebolísticas e no Pombalinho sentia-se uma vontade enorme de fazer renascer a sua equipa de futebol. O timoneiro dessa aventura foi um homem chamado Heliodoro da Silva Bacalhau, tratado simplesmente por Sevilha, devido à profissão de barbeiro que abraçou assim que chegou do cumprimento do serviço militar por terras de África. A sua barbearia localizada mesmo ao lado do palacete Barão de Almeirim, onde em tempos no mesmo ofício tinha sido de António Barbeiro, era o local de contágio a um conjunto de jovens ávidos em calçar as chuteiras e vestir as camisolas representativas da sua terra. Dos planos à sua concretização foi num ápice e o grupo naturalmente disse presente ao desafio do Sevilha. Os treinos eram sistematicamente ministrados "à Meirim", corridas nocturnas (pois durante o dia era para trabalhar para uns e outros para estudar em Santarém) até ao Chões, passando no regresso pelo Reguengo, Alverca grande e Pombalinho. Depois era banho com água fria na Casa do Povo , porque água aquecida pelo esquentador ainda era considerado um luxo nesses anos setenta do século passado. E pronto, lá estávamos atleticamente preparados para o início do campeonato, não éramos tecnicamente muito habilitados, mas tínhamos uma condição física que causava inveja a outras equipas do nosso grupo.
E esta fotografia, curiosamente vista pela primeira vez por quem escreve estas linhas, ao fim de trinta e seis anos, retrata exactamente o Sevilha tal como ele era nessa sua missão de treinador do glorioso Vera Cruz Futebol Clube..., sorridente em qualquer circunstância e sempre com uma fé inabalável nos seus jogadores.
Resta-me dizer que esta foto só foi possível ser publicada neste espaço, porque o Heliodoro da Silva Bacalhau chamando-me á sua actual barbearia situada na Estrada Real, retirou-a de uma parede onde estava religiosamente pendurada e disse-me: Manel, leva-a, tira uma cópia para ti e traz-ma quando quiseres!
E eu digo-lhe daqui: Muito Obrigado, Sevilha, por me teres possibilitado este pequeno texto, sentido... sobre o nosso Pombalinho!
Para a memória colectiva, de pé e da esquerda para a direita, Heliodoro da Silva Bacalhau “Sevilha”, António Carlos, Alexandre, Coradinho, António Brás, Hermínio Feijão, Manuel Gomes , José Gomes e Carlos Cavaco. De joelhos e pela mesma ordem, José Correia, Carlos Moura, Carlos Melão, Miguel da Costa, António Carlos “Nonin” e Júlio Légua.