...
são os meus votos a todos os amigos, colaboradores e visitantes deste espaço de
memórias do Pombalinho!
20 dezembro 2010
08 dezembro 2010
Retratos XXII !
Quinta da Cardiga/Ano de 1976 - Luís Duarte Frois e José
Barreiros Cachado.
Colaboração fotográfica de Maria Graciete Frois e de Bruno Cruz.
02 dezembro 2010
Ponte de Fernão Leite V
Não se sabe com
exactidão a data de construção da ponte de Fernão Leite. No entanto, uma
notícia a que tivemos acesso no antigo Correio da Extremadura de 21 de Setembro
de 1895, revela-nos, com as devidas reservas de carácter histórico, que a
infraestrutura poderá ter começado a ser edificada em fins do mesmo ano em que
o jornal foi publicado.
Assim sendo, da sua
construção a que nos referimos no post de 22 de Novembro de 2010, podemos
concluir agora, que poderá não ter passado de uma grande reconstrução em
consequência de acção nefasta das cheias do rio Tejo no ano de 1911 !
Assim reza o teor da
notícia: "Sabemos que a
reiteradas instancias do sr. conselheiro Marianno de Carvalho, se vae em breve
proceder á construção da ponte sobre a alverca de Fernão Leite, junto à
povoação do Pombalinho, que há muito é sollicitada pelos povos d'aquelles
logares, visto que muito facilita a communicação entre o Pombalinho, Azinhaga,
Gollegã, etc, tornando-se por isso uma necessidade inadável.
Folgamos em
registar mais este melhoramento promovido por s. exª o sr. Marianno de
Carvalho, que assim responde cathegoricamente aos gôzos que andam ladrando ...
à lua ! "
Mariano Cirilo de
Carvalho não é uma personalidade que tivesse influído ou participado
directamente na vida colectiva do Pombalinho! Mas, tal como aconteceu com o
bispo D. Miguel de
Castro e outras mais
individualidades, a esta terra ribatejana ficou ligado por razões puramente
históricas, fazendo deste modo algum sentido que a ele nos refiramos. E a
simples razão de por este antigo deputado e Ministro da Fazenda e do Reino ter
passado a decisão oficial da construção da ponte Fernão Leite, merece que dele
saibamos um pouco mais!
Para mais informação
sobre Mariano Cirilo de Carvalho, nascido em Alenquer, clique AQUI .
Pesquisa de Bruno Cruz
Pesquisa e Texto de Manuel Gomes
Pesquisa e Texto de Manuel Gomes
30 novembro 2010
Ponte de Fernão Leite IV
Assim
nos habituamos a ver a Ponte de Fernão Leite! Integrada num dos locais mais
aprazíveis do Pombalinho não servia apenas de "passagem para a outra margem"!
Era normalmente motivo de visita nos pequenos e consensuais passeios de
domingo. E até alguns festejos anuais ali tiveram lugar, como os de 1919 !
Neste
grupo de pombalinhenses,
reconhecemos da esquerda para a direita, Américo Ferreira, António Carlos
Branco, Miguel da Costa, Manuel Gomes e Fernando Duarte.
A
fotografia reporta-se ao ano de 1969.
Colaboração fotográfica de Joaquim Mateiro
.
26 novembro 2010
Ponte da Alverca Grande
Geográficamente em relação ao rio Tejo, os
campos agrícolas a sul do Pombalinho localizam-se numa zona de fácil alagamento
devido às águas provenientes das habituais cheias deste rio internacional. As
alvercas existentes nesta região funcionavam, antes de algumas terem sido
arrasadas pela industrialização da monocultura, como depósitos de retenção
dessas àguas, servindo as mesmas posteriormente para o regadio de searas e
outros tipos de cultura agrícola.
Para encurtar distâncias nas vias de
comunicação, cujos trajectos coincidissem com as alvercas, recorreu-se à
construção de pontes e aquedutos. No Pombalinho algumas destas infraestruturas
existiram ao longo muitos anos, sendo a ponte de Fernão Leite a mais conhecida
por se situar numa estrada nacional.
Mas outras também tiveram a sua natural
utilidade, como foi a ponte da Alverca Grande. De construção totalmente em
madeira e de técnica artesanal, como a fotografia aqui publicada bem elucida,
permitia ser utilizada apenas para passagem de pessoas, não reunindo mesmo
assim, as condições de segurança exigíveis a este tipo de infraestrutura.
Escreveu-me o autor desta fotografia, via
e-mail: "Junto lhe envio, então, em anexo, uma fotogorafia por mim
tirada, em 1964, à ponte que existia na Alverca Grande e à paisagem
circundante, num conjunto que me parece bastante bonito." Sem
dúvida, um conjunto bastante bonito! Pena é que "postais" destes rareiem
cada vez nos nossos campos, alterando significativamente o equilíbrio da
natureza!
Fotografia da autoria de Guilherme Afonso
- Ano de 1964
22 novembro 2010
Ponte de Fernão Leite III
A ponte de Fernão Leite
está indubitávelmente ligada, históricamente, ao Pombalinho! Sem a existência
desta infraestrutura, a vida colectiva dos pombalinhenses e de quem por ali
passasse com destino a outras localidades, tornar-se-ia concerteza muito mais difícil.
Os tempos que deram razão a quem nela pensou
como forma de ligação entre as duas margens, eram naturalmente diferentes! A
"nossa"
alverca tinha níveis consideráveis de água práticamente durante todo o ano! A
sua bacia fluvial permitia regar searas de zonas envolventes e até a prática da
pesca era uma actividade apelativa a quem dela gostasse! Por isso, a "ponte de pau",
como também era conhecida pelo seu tabuleiro ser construído de resistentes
pranchas de madeira, era essencial na passagem de bens e pessoas sobre a
alverca, nesta zona da EN365.
A ponte de Fernão Leite
foi construída por Francisco Pedro Carvalho, avô materno de José Braz Barrão.
Tomou-a de empreitada em conjunto com a reparação da estrada adjacente, a fim
de facilitar o acesso a Alviela onde possuía um forno de produção de telhas e
tijolos. Com o eclodir da 1ª Grande Guerra todos os preços subiram
descontroladamente, fazendo com que o valor acordado da empreitada ficasse
rápidamente ultrapassado. Mesmo assim, Francisco Pedro Carvalho terminou a
obra, suportando à sua custa o ónus suplementar da empreitada.
Por gentileza de José
António de Menezes, publicamos esta excelente fotografia de seu pai, Joaquim Pedro
Menezes , a passar a ponte de
Fernão Leite a cavalo no ano de 1949! Ilustra bem a propósito, as virtualidades
que teve a sua utilização, mas permite-nos também relembrar o quanto a sua
existência contribuía para uma beleza paisagística, infelizmente já
desaparecida dos tempos de hoje!
Colaboração fotográfica - José António de Menezes
20 novembro 2010
Retratos XXI !
Um grupo de
"putos"
sentados num pequeno murete, à entrada da antiga "Casa Castanhas".
Estávamos no ano de 1958.
Reconhecem-se, da esquerda para a direita, o Carlos Conceição, o
Mogas, o Justino, o Victor Reis e o António Condesso.
Foto de Victor Reis.
10 novembro 2010
José Carvalho Gomes
José
Carvalho Gomes foi seguramente dos jogadores que maior longevidade teve em
representação do saudoso Vera Cruz Futebol Clube. Começou a defender as balizas
do Pombalinho em campeonatos da FNAT no início da década de sessenta. Nessa
altura destacavam-se em plenitude das suas capacidades desportivas, nomes como
os de Manuel Barão, António Domingos, Ezequiel Mateiro e José Leal.
Milai Braga
"matando a sede" ao Zé Gomes no intervalo de um jogo disputado em
1962.
Zé Gomes exibindo um troféu
conquistado.
Era o tempo das "peregrinações futebolísticas"
ao Campo das Ónias! Sempre que "jogávamos" em casa havia uma aderência
enorme da população do Pombalinho para ver e apoiar os briosos rapazes do VCFC!
O Zé Gomes que pertenceu a essa grande geração de jogadores que
tão bem dignificaram desportivamente o Pombalinho, foi o último a deixar de
representar o Vera Cruz! Jogou com muitos de nós! Sempre oportuno no
aconselhamento mais apropriado, granjeou uma enorme simpatia entre todos,
principalmente entre os mais jovens que com ele tiveram o privilégio de jogar.
Foi sempre de uma entrega respeitável na defesa das cores futebolísticas da
nossa terra.
Nesta imagem, vêmo-lo
integrado numa das últimas equipas em que participou como guarda-redes. De pé e
da esquerda para a direita, José Gomes, António Carlos, Diamantino, António
Bento, Carlos Feijão, Carlos Melão, João António, Fernando Duarte e Alexandre
Cruz. De joelhos e pela mesma ordem, Manuel Pacheco, José Maria, António
Duarte, Júlio Légua, Carlos Moura e António Carlos Branco.
Colaboração fotográfica - José Gomes
Pesquisa - Bruno Cruz
16 outubro 2010
Barões de Almeirim
Os Barões de Almeirim
exerceram ao longo de muitos anos uma enorme influência social no Pombalinho.
Possuidores que foram de imensas terras agrícolas, como as da Quinta da
Melhorada, Quinta do Outeiro, Mouchão da Velha, Mouchão Inglês e Tapada do
Secretariado, a sustentabilidade do emprego de muita gente passava
inevitavelmente pela "quinta
da baronesa", como nós, os de gerações mais recentes, ouvíamos
chamar com alguma frequência, àquela que chegou a ser uma das mais importantes
casas agrícolas da região.
Desde o 1º barão de
Almeirim que a familia Braamcamp
Freire , ao Pombalinho ficou ligada. Ao longo de várias gerações
muitos dos elementos desta família por esta terra passaram, viveram e até
nasceram, como foi o caso das quatro filhas do 4º barão de Almeirim, Carlos
Braamcamp Freire. E foi justamente umas das suas filhas, Maria da Madre de Deus
Amado Braamcamp Freire, que gerindo e dando continuidade à Casa Agrícola Barão
de Almeirim, a manteve em actividade até aos tempos mais recentes.
De facto, nenhuma
vontade de historiar do Pombalinho poderá ser feita sem referenciar a
inevitabilidade desta ligação secular que houve entre a familia Braamcamp
Freire e o Pombalinho.
E foi pensando assim
que criamos o espaço on-line http://baroes-almeirim.blogspot.com/ .
Com a informação disponível, condensamos cronologicamente membros da família
Braamcamp Freire com ligações ao Pombalinho, assim como, alguns seus
descendentes directos.
De realçar também um
outro espaço, acessível a partir do blog "Barões
de Almeirim" e ao qual atribuímos o nome de "Fotos
com Memórias". É todo ele composto de
fotografias amávelmente cedidas pela escritora, jornalista da SIC e neta de
Maria da Madre de Deus Amado Braamcamp Freire, Sofia Pinto Coelho e constitui
uma maravilhosa viagem ao Pombalinho de outros tempos!
Fotografia
retirada de "Fotos com Memórias"
06 outubro 2010
Tabernas
Taberna do Diamantino
Costa no ano de 1977/78. Reconhecem-se Júlio "Mosca", Diamantino
Costa, João "da Guilhermina", Deolinda Borges e João Bernardino.
Taberna do Gabriel na
década de 1970. Reconhecem-se, Manuel Ramos, Manuel Cavaco, José Cachado, Nicolau
Mogas, António da Piedade, João Serra e Gabriel Joaquim.
As tabernas não eram só
lugares frequentados por quem procurava saciar a sede à volta de uns bons copos
de vinho. Eram locais também onde muitos se encontravam depois de terminado
mais um árduo dia de trabalho.
Nas tabernas criavam-se
ambientes propícios à conversa. Os mais diversos problemas que afectavam a vida
de quem dela fazia uma luta do quotidiano, eram discutidos e julgados por quem
se achasse capaz de fazer prevalecer as suas ideias. A situação do país, a
rigidez nas relações de trabalho ou até mesmo pequenos desaguisados que sempre
acontecem em qualquer comunidade, entravam com toda a naturalidade na lista dos
temas mais recorrentes.
Entre uns copos de
vinho com um bocado de "conduto",
descarregava-se a dureza da vida e no limite tentava-se esquecer ou mesmo
apagar alguns caminhos erradamente trilhados. As amarguras eram desveladas na
busca de uma qualquer compensação solidária de entre os presentes, e as
alegrias alegremente festejadas à volta de mais uma rodada de vinho. Por fim,
já depois do corpo ter dado sinais de divórcio com o cansaço e o espirito ganho
para mais um dia de trabalho, tinha chegado a hora da despedida! Lembremo-nos a
propósito, do Chico Bispo, do Diamantino Costa, do Zé Guilherme, do Chico
Minderico, do Manuel Gregório, do Hermínio Minderico, do Zé Narciso, do Chico
Pardal, do Gabriel Joaquim, do Manuel Frade ou do Rui Borges. Eram assim as
tabernas! Alternativas ou simplesmente refúgios, ao caminho directo entre a
rudeza dos campos do Pombalinho e a rotina do lar.
Colaboração
fotográfica de Victor Costa e Júlio Gabriel
Pesquisa de Bruno Cruz
Texto de Manuel Gomes
Pesquisa de Bruno Cruz
Texto de Manuel Gomes
27 setembro 2010
Retratos XX !
Curiosa fotografia
tirada na EN365, a pouca distância da entrada sul do Pombalinho! Esta estrada
sempre foi um local convidativo a alegres passeios que terminavam normalmente
na zona circundante da velhinha ponte de Fernão Leite! Míudos e graúdos, nessas
longínquas tardes de domingo, não perdiam uma bela tarde de sol para escaparem
um pouco à azáfama de uma aldeia em franca ascenção social.
Neste alegre e
divertido grupo reconhecem-se, nos adultos, a Maria Laura Cachado e a Olímpia
Borges. Nas crianças, O Victor Reis, a Graça Cachado, Maria Eugénia Menezes,
Isabel Cachado, Cristina Cachado, Margarida Cachado e Teresa Cachado.
Colaboração
fotográfia - Victor Reis
24 setembro 2010
Cheia de 1966
Cheia no Carnaval de 1966.
Colaboração fotográfica - Victor
Costa
Pesquisa - Bruno Cruz
Pesquisa - Bruno Cruz
Nota - Esta imagem
encontra-se inserida no blog temático Cheias no Pombalinho
16 setembro 2010
08 setembro 2010
Júlio Freire!
Pelos caminhos intermináveis e curvos da internet, somos por vezes
agradávelmente surpreendidos com textos que dificilmente imaginaríamos vir a
encontrar. É o caso do que hoje publicamos, da autoria de José Bray, retirado
do blog intitulado "Bray". Tem a particularidade de nele ser
referenciada uma interessante passagem de vida do nosso bem conhecido
conterrâneo, Júlio de Conceição Freire.
Como muitos de nós sabemos, Júlio Freire foi uma daquelas
personalidades carismáticas do Pombalinho. Ao recordarmos nele aquele ar de
quem muito pensava da vida, transparecia a quem com ele se cruzava, que ela, a
vida, lhe causava algumas apreensões. Homem de ideias firmes, era possuidor de
uma cultura acima da média, se tivermos em consideração o meio social de uma
aldeia como o Pombalinho! Mas acima de tudo era um crítico da vida, da vida que
ele não gostava! Muito boa gente achava-o por isso, rezingão! Mas ele lá tinha
as suas razões!
Quem com ele teve o privilégio de conviver, nem que tivesse
sido por breves momentos, aprendeu sempre algo que em mais lado nenhum se
ensinava! Era pessoa de poucas palavras, imbuído por vezes de um certo
afastamento social, não facilitando por isso o diálogo. Mas naquela noite de
verão, não sei o que lhe passou pela cabeça e quando eu vinha do Chico
Minderico, depois de assistir a mais um serão televisivo, chamou-me e disse-me:
"Oh Calvaria, chega aqui para te mostrar uma coisa"!
Foi dentro de casa e pouco tempo depois quando regressou, trazia um livro
grosso e com sinais já de algum uso! Abriu-o para eu ver e disse-me: "Vês,
aqui podemos saber muita coisa da história do mundo!!!"
Fascinado pelo que os meus olhos contemplavam, pude observar pela primeira vez
um Dicionário Ilustrado !
Bem, mas vamos lá ao texto de José Bray, depois desta pequena
deriva em memória, também ela, de Júlio Freire.
Começa então assim:
Fonte - Bray
Depois da publicação
deste texto de José Bray, recordei-me que também neste mesmo contexto, apoio a
Humberto Delgado e prisão em Aljube, já Guilherme Afonso a Júlio Freire se
tinha referido numa resposta a uma carta que então lhe dirigi no ano de 2004.
Assim me escreveu o
nosso amigo e conterrâneo, a 21 de Junho desse ano:
"Diz o
Manuel Gomes, ao referir-se ao Júlio Freire (aí está, entre si e ele, um dos
tais encontros que o acaso proporcionou e que o meu amigo soube valorizar), que
ele foi, e é, uma referência do Pombalinho. Como é natural, já o foi mais do
que é, porque os anos vão passando e as referências vão-se esbatendo. Sabe que
o pai dele (também Júlio, se não estou em erro) foi (e falo mesmo só no
passado. Quem é que, hoje, se lembre dele?) uma referência ainda maior que a do
filho? No meu tempo e no Pombalinho não havia ninguém que sequer se lhe
aproximasse em conhecimentos. E, além do mais, gostava de ensinar e fazia-o
gratuitamente. O meu pai (e não só ele, julgo eu), já ao chegar à idade adulta,
aprendeu com ele a ler. Curiosamente, só a ler. E só a ler letra impressa -
jornais e livros. Mas lia muito bem. No entanto, a escrever apenas aprendeu a
rabiscar o nome, que era José dos Santos, e não José Afonso. Afonso era o nome
próprio do pai dele, meu avô que não conheci.
O Dicionário Ilustrado do Júlio Freire de que o meu amigo fala era o "Dicionário Prático Ilustrado Lello", da Editora Lello & Irmão, que eu também folheei algumas vezes e de agora possuo uma edição de 1989.
Sabe que em 1989 o Júlio Freire não pode votar? Realizaram-se nesse ano eleições para a Presidência da República em que o candidato da Oposição era o General Humberto Delgado, de cuja candidatura o Júlio Freire era o delegado no Pombalinho, e creio que também o meu primo Joaquim Correia dos Santos (o Canca). E creio que também a ambos (ao Júlio Freire, de certeza) a PIDE recolheu para o Aljube antes do dia das eleições e lá os manteve durante pelo menos três meses."
O Dicionário Ilustrado do Júlio Freire de que o meu amigo fala era o "Dicionário Prático Ilustrado Lello", da Editora Lello & Irmão, que eu também folheei algumas vezes e de agora possuo uma edição de 1989.
Sabe que em 1989 o Júlio Freire não pode votar? Realizaram-se nesse ano eleições para a Presidência da República em que o candidato da Oposição era o General Humberto Delgado, de cuja candidatura o Júlio Freire era o delegado no Pombalinho, e creio que também o meu primo Joaquim Correia dos Santos (o Canca). E creio que também a ambos (ao Júlio Freire, de certeza) a PIDE recolheu para o Aljube antes do dia das eleições e lá os manteve durante pelo menos três meses."
Nota - A foto de
Júlio Freire foi gentilmente cedida por José Bray.
25 agosto 2010
Cinco anos de vida do "Pombalinho" !!!
Faz hoje cinco anos que o "Pombalinho" foi criado!
É frequente nestas datas de
referência, olharmos para o que foi feito, numa perspectiva de sabermos se os
resultados conseguidos correspondem efectivamente às expectativas do projecto
então iniciado!
Quando o "Pombalinho"
nasceu, a ele estava inerente uma indisfarsável humildade no que dizia respeito
ao seu futuro! A motivação passava, não muito mais do que pela pretenção de
gerir um espaço on-line onde com publicações de fotos ou outros documentos
históricos se pudesse relembrar, ou quanto muito não esquecer, o que foi o
Pombalinho!
Ao olharmos para o que existia
antes de 1995 e para o que nos é hoje oferecido em matéria de divulgação sobre
o Pombalinho, entendemos que esta janela (ou janelas, se quantificarmos os
blogs temáticos) que abrimos, fruto da criação deste blog e na qual nos fomos
habituando a espreitar as mais variadas publicações sobre as gentes da nossa
terra, permitiu-nos de facto ir ao encontro de um dos grandes objectivos a que
nos propusemos no ano de 2005, que foi, saber de acontecimentos e pessoas que
tivessem marcado indelevelmente a história da vida colectiva desta nossa
secular aldeia ribatejana.
Por isso ao escrevermos aqui sobre
temas que nos são tão queridos, como o teatro, o futebol, os ranchos
folclóricos, as bateiras, as escolas primárias, etc..., referenciamos mais de
700 pessoas nossas conterrâneas, em registos de mais de 440 fotografias e 60
documentos! E ao fazê-lo suscitamos uma saudável comunicação intergeracional
das gentes do Pombalinho, dando assim cumprimento a outra das grandes razões
que motivou a criação deste espaço.
Numa serena reflexão, possível hoje
de ser feita, sobre tudo o que publicamos nestes cinco anos de vida deste blog,
achamos que os resultados alcançados podem-se considerar francamente positivos!
Na verdade, foi muito gratificante
termos dado a conhecer, por exemplo, a imensa actividade teatral que existiu no Pombalinho ao longo
de mais de cinquenta anos, o brio com que aqueles rapazes que jogaram no
velhinho e saudoso campo de futebol das Ónias em representação do nosso Vera Cruz , da relação familiar do Barão de
Almeirim , testemunhos fotográficos
inéditos sobre a visita de Nossa
Senhora Fátima ao Pombalinho
e por último, (muitos outros mais mereceriam igual destaque nesta pequena
abordagem), aquele que maior prazer nos deu na sua publicação! Não pela
personalidade em causa, porque todas nos merecem o devido respeito, como é
óbvio, mas tão só, pelo trabalho de pesquisa em que nos envolvemos e que
culminou com a abertura ao público do respectivo blog a que demos o nome de Barão de Pombalinho . Chegou a ser mesmo emocionante, tais
as descobertas que fomos fazendo de António de Araújo Vasques da Cunha
Portocarrero, nomeadamente no Arquivo Histórico Militar, no Arquivo do Arco do
Cego, no cemitério dos Prazeres ou na Torre do Tombo! Mas no fundo é isto que
nos move! Ao termos abraçado esta apaixonante aventura e do querermos saber mais de nós,
levou-nos ao que é hoje o "Pombalinho"
e para nosso orgulho, ao alcance de qualquer cidadão do Pombalinho ou do mundo!
Por fim, um
agradecimento especial a todos, sem excepção, que contribuiram e tornaram
possível a existência do "Pombalinho"!
Não era imaginável aqui termos chegado e nos mantido em permanente edição ao
longo destes cinco anos! Pela vossa estimável participação, os meus
agradecimentos!!!
Nota - Este
texto foi escrito em 02 de Agosto de
2010..
04 agosto 2010
Costureirinhas!
Estávamos em finais dos anos
sessenta e esta tradição de criar algumas peças de lavores (ou outras) que
fossem incluídas no enxoval das futuras noivas, ainda era coisa que se mantinha
entre as moças do Pombalinho!
Recordando este grupo, reconhecemos
da esquerda para a direita: Lurdes Gomes, Clementina Duarte, Evangelina Barros,
Maria Júlia, Maria dos Anjos, Maria Eugénia. A menina da esquerda é a Manuela
Justino sendo a outra não identificável.
Para outros enxovais,
clique aqui
Colaboração fotográfica - Miguel Costa
Pesquisa - Bruno Cruz
Pesquisa - Bruno Cruz
27 julho 2010
Trabalhos de ontem II
Uma das actividades
agrícolas que foi grande empregadora de mão de obra feminina, era a ceifa de
cereais. O rancho normalmente constituído por três ou quatro homens,
completava-se em quantidade, pelo triplo ou quádruplo de mulheres.
Os homens de gadanha em
punho cortavam a palha dos cereais, que depois a um ritmo de trabalho que não
desse lugar a demoras ou embaraços, passavam às mulheres a àrdua tarefa de
fazerem os molhos para depois mais tarde serem transportados para a eira mais
próxima.
Era um trabalho duro
para as mulheres, como os demais executados no campo, mas este com a
particularidade de ser todo ele feito à custa do esforço manual e em condições
climatéricas por vezes dificilmente suportadas.
Também por estes
tempos, as debulhadoras e as enfardadeiras mecânicas que viriam a revolucionar
por completo a colheita dos cereais, ainda não tinham chegado aos campos
agrícolas do Pombalinho!
Colaboração fotográfica – Miguel Costa
Pesquisa – Bruno Cruz
Pesquisa – Bruno Cruz
22 julho 2010
Altar para a Igreja!
A propósito dos
grandiosos festejos que se realizaram em Pombalinho no ano de 1919 e aos quais
já aqui fizemos referência , existe um simbólico documento que
pelo seu significado, justifica que dele tomemos conhecimento, pois configura
uma vontade manifestada de toda a comunidade católica do Pombalinho na
aquisição de um altar para a igreja Paroquial!
Foi subscrito por
uma comissão, formada para o efeito, que se propôs a realizar uma "quermesse"
na Alverca de Fernão Leite e utilizar o seu produto para o fim em vista!
Colaboração documental - Joaquim MB Mateiro
17 julho 2010
Classes da Escola Primária!
Fotografias de classes
da Escola Primária do Pombalinho (hoje Escola Básica) é um tema em permanente
actualização! A sua visualização encaminha-nos para tempos da nossa mais pura e
singela juventude!Iniciava-se o primeiro ciclo escolar e com ele a elementar
aprendizagem que nos conduzia a outros voos, quer para níveis de ensino
superiores, quer na escolha mais tarde de uma profissão justificadamente
qualificada.
Hoje inserimos no blog
criado para o efeito [ Escola do Pombalinho ] mais duas
classes. Uma referente ao ano lectivo de 1984/85 e outra de 1985/86.
Para consulta das
classes que frequentaram a Escola Nova clique AQUI
Para consulta das
classes que frequentaram a Escola Velha clique AQUI
Colaboração de Miguel Costa e Bruno Cruz
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