Pois é ! O que nos dias
de hoje se pode considerar uma simples normalidade, que é o facto de se
conduzir uma bicicleta na via pública para satisfazer o mais óbvio dos actos
inerentes à sua utilização, como ir às compras na mercearia mais perto ou
simplesmente exercitar fisícamente o corpo, em tempos passados, era necessário
ser-se possuidor de uma licença emitida pelas entidades competentes para que a
respectiva circulação estivesse legalizada.
Os tempos encarregaram-se de aligeirar documentalmente essa
obrigatoriedade, como se pode verificar nos dois exemplos publicados, passando
da formalidade de um cartão com fotografia do utente para um documento mais
simples. De qualquer das maneiras, esse longínquo licenciamento, era mais uma
daquelas incompreensíveis fontes de receita para o Estado que a evolução dos
tempos tratou de arrumar definitivamente na gaveta das memórias!
Licença de Trânsito, emitida pela Secção de Finanças de Santarém
em Março de 1972.
Documentos
gentilmente cedidos por Júlio Gabriel.